Estrangeiros sacam dinheiro de mercados emergentes pelo 3° mês seguido em maio, diz IIF

Saldo negativo dos últimos três meses ficou em US$ 17,3 bilhões

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Rodrigo Campos
Nova York | Reuters

Recursos estrangeiros saíram das carteiras de mercados emergentes pelo terceiro mês consecutivo em maio, mostraram dados do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) nesta terça-feira (7), igualando uma sequência de três meses de saques que se encerrou em fevereiro de 2016.

As carteiras de não residentes registraram saída líquida de US$ 4,9 bilhões (R$ 23,4 bilhões) no mês passado, em comparação com saque de US$ 4,5 bilhões (R$ 21,5 bilhões) em abril e entrada de US$ 22,8 bilhões (R$ 109 bilhões) em maio de 2021.

O saldo negativo dos últimos três meses ficou em US$ 17,3 bilhões (R$ 87,2 bilhões), de acordo com os dados do IIF.

A China registrou entrada líquida de US$ 4,7 bilhões (R$ 22,4 bilhões), com US$ 2 bilhões (R$ 9,5 bilhões) direcionados à dívida e US$ 2,7 bilhões (R$ 12,9 bilhões) indo para as ações, mas os dados ainda mostram déficit no acumulado do ano para o país asiático.

Notas de dólar - Dado Ruvic - 14.fev.2022/Reuters

Os fluxos de saída de ações de mercados emergentes excluindo a China representaram a maior parte das perdas líquidas em maio.

"O aumento do risco de recessão global está pesando nos fluxos de mercados emergentes à medida que a ansiedade aumenta sobre eventos geopolíticos, condições monetárias mais apertadas, inflação e temores de que riscos maiores estejam se acumulando", disse Jonathan Fortun, economista do IIF, em comunicado.

Os mercados emergentes excluindo a China tiveram perdas líquidas de US$ 9,6 bilhões (R$ 45 bilhões), com US$ 6,1 bilhões (R$ 29,1 bilhões) saindo das ações, segundo o IIF.

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