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Onda de demissões atinge Ebanx
A onda de demissões nas maiores startups brasileiras ainda não terminou. Nesta terça (21), foi a vez da fintech Ebanx avisar 340 funcionários que serão desligados—parte imediatamente, parte nos próximos seis meses.
O contingente representa cerca de 20% do total de funcionários da empresa.
A Ebanx: fundada em 2012, em Curitiba, presta serviços de pagamentos internacionais na América Latina para gigantes como Spotify, AliExpress, Airbnb, Uber, Shein entre outros. Em 2019, se tornou unicórnio (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão).
- A empresa vinha aproveitando o cenário dos últimos anos de alta liquidez nos mercados para se expandir. Teve aporte de US$ 430 milhões (R$ 2,2 bilhões) da Advent e desembolsou mais de R$ 1,2 bilhão para comprar a Remessa Online, em 2021.
O que mudou? A maré de otimismo sobre empresas de tecnologia virou quando o Fed indicou uma alta agressiva de juros nos EUA para aliviar a inflação.
- Se antes valia mais a pena assumir o risco de colocar o dinheiro em empresas com prejuízo do que deixar a grana parada, agora a conversa é outra: os investidores querem ver geração de caixa.
- Um representante do setor no país diz ver a onda de demissões concentrada nas maiores startups, sem atingir com a mesma força as que estão em estágio inicial.
A Ebanx disse que os funcionários desligados receberão valores adicionais, extensão do plano de saúde e computador de trabalho, e que a decisão foi tomada por conta do cenário macroeconômico adverso.
Outros unicórnios com atuação no Brasil citaram o mesmo desafio como justificativa para demissões recentes. Fazem parte dessa lista Mercado Bitcoin, Kavak, Vtex, QuintoAndar, Loft e Facily.
Reportagem da BBC News Brasil mostra como em alguns desses casos o desligamento foi feito por um comunicado em vídeo a grupos de dezenas de trabalhadores, que dizem se sentir desrespeitados pela forma como foram avisados da demissão.
Onde há o melhor equilíbrio trabalho x vida pessoal?
Quais são as melhores cidades para manter o equilíbrio entre vida profissional e social? É o que um estudo da empresa de tecnologia em nuvem Kisi tenta responder.
Das cem cidades pesquisadas, São Paulo, que é a única brasileira, está na 97ª colocação.
Entenda: o estudo mapeou mais de 130 indicadores de 51 cidades dos EUA e outros 49 municípios ao redor do mundo considerados como importantes centros econômicos. Ele se dividiu em:
- Intensidade do trabalho - trabalho remoto, população sobrecarregada, dias de férias etc.
- Sociedade e instituições - impacto da Covid, acesso à saúde mental, inclusão e tolerância.
- Convivência na cidade - acessibilidade, opções de cultura e lazer, segurança, qualidade do ar, entre outros.
Auxílio caminhoneiro e vale-gás
O governo decidiu, em acordo com os presidentes da Câmara e do Senado, ampliar o Auxílio Gás e criar um auxílio para caminhoneiros como resposta à alta no preço dos combustíveis.
Essa foi a alternativa encontrada para não alterar a Lei das Estatais, proposta rejeitada pelo ministro Paulo Guedes (Economia).
Como as medidas estão desenhadas:
- Vale-diesel: a ideia é contemplar entre 700 mil e 900 mil caminhoneiros autônomos, com um valor que gira em torno de R$ 400 ao mês. O governo ainda estuda um desenho para a medida não ir contra a lei eleitoral.
- Auxílio gás: em vigor desde dezembro, o Planalto estuda fazer o pagamento mensal em vez de bimestral, ou continuar com a periodicidade e dobrar o valor –hoje de R$ 53, pago a 5,7 milhões de famílias.
É isso ou aquilo: com essas medidas, a equipe econômica espera aliviar a pressão que vem do Congresso para mexer na Lei das Estatais, uma forma de blindar essas companhias de ingerência política (entenda aqui).
Como anda a indicação na Petrobras? O comitê responsável pela análise de nomes à cúpula da estatal deve se reunir na sexta (24) para emitir um parecer sobre a indicação de Caio Paes de Andrade.
- A ideia do governo é que o conselho de administração analise e aprove a escolha no início da próxima semana.
Mais sobre Petrobras e combustíveis:
- Não é possível interferir no preço de combustíveis, diz ministro de Minas e Energia.
- Gasolina custa até R$ 8,990 por litro nos postos, diz ANP; diesel sai a até R$ 6,906.
Bandeiras tarifárias ficam mais caras
A Aneel anunciou nesta terça reajustes de até 64% nas bandeiras tarifárias cobradas na conta de luz para custear o uso de térmicas. Os novos valores passam a valer em julho.
Sim, mas calma: a expectativa de agentes do setor é que esse acréscimo na conta de luz não deve ser acionado neste ano.
- A explicação está no nível dos reservatórios das hidrelétricas, que chegou a 74,4% na segunda (20), o que permite a vigência da bandeira verde –sem cobrança extra.
- No ano passado, quando o país chegou a flertar com o racionamento de energia, o nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste –a caixa d’água do setor elétrico– ao fim de junho era de 29,1%; hoje está em 66%.
Os novos valores:
- Bandeira amarela: terá reajuste de 59,4% e passará a custar R$ 2,989 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
- Bandeira vermelha nível 1: sobe 63,8%, para R$ 6,50.
- Bandeira vermelha nível 2: aumenta 3,2%, para R$ 9,795.
O que explica: a Aneel justificou o aumento pelo custo de acionar as usinas térmicas, que são mais caras por usarem combustíveis fósseis, como gás natural ou óleo diesel.
- Durante a crise hídrica, o governo estabeleceu uma taxa extraordinária, de R$ 14,20 por cada 100 kWh consumidos. Essa bandeira foi extinta em abril.
Mais sobre energia:
Aporte da Eletrobras reduzirá reajustes de Cemig, Copel, RGE Sul e Energisa MG.
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