Em jantar com empresários e juristas, Lula agradece doações que somam R$ 3 mi

Doadores pagaram até R$ 20 mil; lista de convidados reuniu 208 nomes

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São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite deste domingo (26) de jantar em agradecimento a doações feitas ao PT. Segundo organizadores, o total arrecadado é de cerca de R$ 3 milhões (as contribuições foram obtidas ao longo de um mês).

A lista de convidados tem 208 nomes, entre juristas e empresários. Nem todos os doadores participaram do evento.

A previsão é que aconteçam ao menos mais três como esse: um no Rio de Janeiro , um em Minas e um no Nordeste.

Ex-presidente Lula ao lado do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin durante campanha para eleição de 2022 ao Planalto - NELSON ALMEIDA -21.jun.22/AFP

Em seu discurso, segundo relatos, o ex-presidente agradeceu as contribuições, afirmando que elas ajudarão a reorganizar a base partidária e disse que depois de 580 dias de prisão, acreditavam que ele sairia rancoroso. Mas, embora tenha motivos, não está rancoroso. Lula afirmou que está apaixonado e um homem apaixonado não tem tempo para ficar mal-humorado.

Líder nas pesquisas para o Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem, na terça-feira (28), mais um jantar com empresários.

Oferecido pelos advogados Sérgio Renault, Marco Aurélio Carvalho e Pierpaolo Cruz Bottini, o jantar tem na lista de convidados os empresários João Camargo, fundador do grupo Esfera, e Carlos Sanchez (EMS). Há previsão de presença de representantes de empresa do setor aéreo.

Além de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) e dirigentes do PT participaram de jantar em agradecimento a doações destinadas ao PT.

Lula afirmou que Alckmin será um vice participativo e que essa aliança simboliza a necessidade de união pelo Brasil. Ainda segundo relatos, Lula disse ser necessário restabelecer a normalidade no país.

O jantar serviu de teste para campanha de arrecadação que o partido pretende lançar em julho.

Coordenador do Prerrogativas, o advogado Marco Aurélio Carvalho afirmou que, com a formalização da candidatura, o grupo organizará outros jantares como esse. Segundo ele, a lista de presentes inclui advogados e outros profissionais, inclusive empresários.

Ao falar sobre a reorganização da base, Lula buscou deixar claro o esforço para que o jantar não seja caracterizado com um evento para arrecadação de campanha.

Tesoureira do PT, Gleide Andrade afirma que essa é uma nova etapa de uma campanha de arrecadação. Desta vez com o uso do Pix. Andrade afirmou que o partido pretende fazer jantares como esse em todas as capitais do Brasil e que será lançada uma campanha em rede chamada "Faça um Pix para o PT".

Será divulgado um vídeo com pedido de colaboração para a campanha do ex-presidente. O teto de gastos deverá ser fixado em R$ 131 milhões.

Já os deputados federais, dirigentes do PT e puxadores de voto reivindicam uma cota individual de R$ 2,5 milhões do fundo eleitoral.

A direção partidária tenta negociar a redução desse valor, que deve chegar a R$ 2 milhões.

A intenção do PT é realizar jantar em Minas, Rio de Janeiro e no Nordeste para atingir o teto fixado para a campanha de Lula, sem comprometer o orçamento dos candidatos a deputado federal.

Desde a apresentação das diretrizes programáticas de sua campanha, Lula tem participado de uma série de jantares com representantes do empresariado e do setor financeiro.

Na noite de sexta-feira (24), o anfitrião foi o dono da operadora Qsaúde, José Seripieri Junior.

Na terça-feira (21), no lançamento dessas diretrizes programáticas, Lula contou ter participado na véspera de um jantar oferecido pelo fundador do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), o engenheiro e economista Cláudio Haddad.

Entre os convidados, o presidente do conselho da administração do Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles, o presidente da Natura, Fábio Barbosa, e o presidente da rede Magazine Luiza, Frederico Trajano.

Além de Lula e de seu vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), o candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, participou do encontro.

"E eu, com muita falta de humildade, eu dizia [no encontro]: quem nesse país tem mais autoridade de recuperar esse país do que o Alckmin e eu?", relatou Lula.

Falando dele e de Alckmin, o petista acrescentou: "Ninguém nesse país tem os partidos e movimentos sociais apoiando nem a experiência gerencial que nós temos para cuidar da coisa pública. Nós não precisamos de tempo para aprender".

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