Esta é a edição da newsletter FolhaMercado desta sexta-feira (17). Quer recebê-la de segunda a sexta, às 7h, no seu email? Inscreva-se abaixo:
Alta de juros no Brasil e nos EUA, medida para baixar preço dos combustíveis aprovada no Congresso, tombo do bitcoin…Está por dentro das principais notícias que marcaram a semana no mercado?
Faça o teste:
Musk quer que Twitter se inspire no TikTok
No primeiro encontro de Elon Musk com os funcionários do Twitter desde que anunciou a intenção de comprar a plataforma, o bilionário deu poucos detalhes sobre o andamento do negócio, indicou que a rede social deveria divertir como o Tiktok e deu uma viajada sobre existência de alienígenas.
Ele participou de uma videoconferência com uma sessão de perguntas e respostas mediada por uma executiva do Twitter.
O que Musk disse de mais importante:
Futuro do Twitter: Musk quer sair dos atuais 229 milhões de usuários ativos diários da rede social para ao menos um bilhão em um período de cinco a dez anos.
- Segundo o Wall Street Journal, o bilionário disse que o Twitter tem que ser divertido como o TikTok e que admira o WeChat, outro app chinês em que é possível fazer quase tudo –de rede social a compras–, mas que sofre pesada interferência governamental.
- Ele ainda comentou que projeta uma necessidade de "racionalização do pessoal" do Twitter, já que a rede tem mais custos que receitas, mas disse que os bons funcionários não devem se preocupar.
Moderação de conteúdo: o bilionário disse que os usuários poderiam dizer coisas "chocantes" –desde que dentro da lei–, mas não deveriam ter esses tuítes viralizados pelo algoritmo da plataforma.
Anúncios: o sul-africano chegou a dizer que o Twitter não deveria exibir propagandas, mas depois afirmou que esse tipo de receita continuará sendo importante para a empresa, segundo a agência Reuters.
Home office: Musk disse que tende a ser a favor ao trabalho presencial, mas não é totalmente contra o modelo à distância. Ele afirmou que a situação do Twitter é diferente da Tesla, em que o tipo de trabalho exige a presença dos funcionários.
Como está a negociação? Andou pouco nas últimas semanas. Musk faz ameaças de largar o acordo se não conseguir comprovar o número de contas falsas do Twitter, mas a rede social diz que forneceu os dados a ele e quer fechar o negócio.
Conselho da Petrobras reafirma independência
O conselho de administração da Petrobras rejeitou nesta quinta, em reunião extraordinária, pedido do governo para segurar os preços dos combustíveis.
A expectativa é que a empresa anuncie um reajuste no preço do diesel nos próximos dias.
O que explica: a estatal tem sido pressionada pelo governo para adiar o reajuste de preços dos combustíveis, que estão sendo negociados no mercado interno abaixo dos patamares internacionais.
- Na reunião, o conselho de administração da Petrobras reforçou que o estatuto da empresa dá à diretoria a competência por definir reajustes.
- O governo quer que os aumentos sejam adiados para não ofuscar os efeitos positivos das medidas em negociação no Congresso. Nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que um novo reajuste seria "com interesse político para atingir o governo".
Em números: o preço médio do diesel nas refinarias brasileiras estava R$ 1,08 abaixo da paridade de importação nesta quarta, enquanto a diferença da gasolina era de R$ 0,67 por litro. Os cálculos são da Abicom, que representa os importadores de combustíveis.
- Um reajuste nos próximos dias poderia anular o efeito da medida aprovada nesta semana no Congresso que coloca um teto na cobrança de ICMS sobre combustíveis.
- O valor varia, podendo ir de R$ 0,441 por litro, no Amapá, a R$ 1,153, no Rio de Janeiro; veja aqui o impacto em cada estado.
Mais sobre combustíveis e inflação:
- Peso dos combustíveis no IPCA ultrapassa 8%.
- Medidas sobre combustíveis podem reduzir inflação de 9,5% para 8,1%, diz Santander.
Dê uma pausa
- Para assistir "Dopesick" - no Star+
A série de oito episódios, originada do livro da jornalista Beth Macy, mostra o papel da farmacêutica Purdue Pharma e seu medicamento OxyContin na origem da crise de opioides, a pior epidemia de drogas da história dos EUA.
A produção conta como a centenária empresa da família Sackler aliciou médicos, autoridades sanitárias e a opinião pública para vender seu remédio com alto potencial de dependência, como panaceia.
Crítica: poucas obras abordaram a epidemia de opioides, mas "Dopesick" mexe naquilo que por mais de duas décadas os EUA se recusaram a crer, escreve a colunista Luciana Coelho.
Além da economia:
- Segundo episódio de podcast conta o que os vizinhos sabem sobre a mulher da casa abandonada; ouça.
- 200 anos, 200 livros: Cidinha da Silva lê trechos de 'Quarto de Despejo' em nova série de vídeos.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.