Os principais países exportadores de petróleo, liderados pela Arábia Saudita e Rússia, decidiram nesta quinta-feira (2) aumentar a produção de petróleo bruto mais do que o previsto para conter a escalada de preços registrada desde o início da Guerra da Ucrânia. A produção da Rússia caiu cerca de um milhão de bdp (barris por dia) por conta de sanções ocidentais.
Os representantes dos treze membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e seus dez parceiros (Opep+) concordaram que a produção de julho será ajustada para mais de 648 mil barris por dia, em comparação com os 432 mil barris fixados nos meses anteriores. A aliança fez o anúncio via comunicado, enfatizando a importância de mercados estáveis e equilibrados.
A medida pode aliviar a pressão sobre a inflação global e abrir caminho para uma visita a Riad pelo presidente dos EUA, Joe Biden.
O preço de referência do petróleo bruto, porém, avançava 1,29% por volta das 13h30 desta quinta, com o barril do Brent negociado a US$ 117,79 (R$ 562,55).
Analistas da Ativa Research consideram que o aumento na produção diária, de 430 mil para 648 mil barris a partir de julho, é insuficiente para compensar a ausência do petróleo da Rússia, cuja exportação foi parcialmente bloqueada pela União Europeia.
Diplomatas dos EUA trabalham há semanas na organização da primeira visita do presidente Joe Biden a Riad após dois anos de relações tensas por causa de divergências sobre direitos humanos, a guerra no Iêmen e o fornecimento de armas dos EUA.
Uma fonte informada sobre o assunto disse que Washington queria clareza sobre os planos de produção de petróleo da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos antes de uma possível visita a Biden para uma cúpula com líderes do Golfo Árabe, em Riad.
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