Senado aprova teto do ICMS, as apostas da Embraer para sair do prejuízo e o que importa no mercado

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Senado aprova teto no ICMS para combustíveis e energia

O Senado aprovou nesta segunda o projeto que coloca um teto de 17% a 18% para as alíquotas de ICMS sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transportes.

A proposta teve alterações e, por isso, precisa ser apreciada novamente pela Câmara antes de ir à sanção.

Entenda: os parlamentares dizem se basear em entendimento do STF que limita a incidência do ICMS acima de 18% para itens essenciais. O projeto dá essa classificação para combustíveis, energia, telecomunicações e transportes.

  • A aprovação é uma derrota para os governadores, que falam em perdas de arrecadação de até R$ 83,5 bilhões anuais e pedem ressarcimento do governo.
  • O projeto, porém, prevê compensação apenas quando a queda de arrecadação for superior a 5% em relação ao contabilizado no ano passado.

Em números: a estimativa é que a aprovação desse projeto e de outras duas PECs que tratam de combustíveis, ainda sem previsão de data de votação, pode reduzir o preço do litro da gasolina em R$ 1,65 e de R$ 0,76 no litro do diesel.

Mais sobre inflação de energia e combustíveis:

  • Os custos com energia respondem por 31% do preço do pão e 26% do da cerveja; veja lista.

As apostas da Embraer

A Embraer aposta no mercado de jatos executivos, nos modelos de menor porte para a aviação comercial e nos seus "carros voadores" para voltar a lucrar e não ser engolida pelas gigantes Boeing e Airbus.

Entenda: o maior potencial da empresa, segundo disse o CEO, Francisco Gomes Neto, ao Financial Times, está em elevar o faturamento da divisão de aviação comercial.

  • A fabricante aposta em sua expertise: os jatos de transporte regional, que costumam ter até 120 assentos, operam trajetos mais curtos e são populares especialmente na América do Norte.

Outras apostas:

  • A fila de milionários para comprar jatinhos no país, registrada pela Folha, também beneficia os negócios da fabricante, que prevê vender até 110 unidades em 2022, ante 93 em 2021. A brasileira já registra encomendas para o segundo semestre de 2024.

Em números: depois de ver suas ações dispararem 45% e ser a empresa que mais se valorizou em 2021 entre as que compõem o Ibovespa, a Embraer acumula queda de 55% no ano corrente.


Inflação persistente afunda Bolsas

A queda dos principais índices acionários do mundo, o fortalecimento do dólar diante de outras moedas e a sangria no mercado cripto marcaram um início de semana bem azedo para os investidores.

Em números: o mercado brasileiro não ficou imune ao mau humor global. O dólar subiu 2,48%, a R$ 5,11, no maior valor em um mês, enquanto o Ibovespa caiu 2,73%, a 102.598 pontos, registrando perdas no acumulado do ano.

  • Nos EUA, o S&P 500 mergulhou 3,88%, enquanto Dow Jones (-2,79%) e Nasdaq também sofreram (-4,68%). Entre as criptos, o bitcoin e o ethereum despencavam 16% e 17%, respectivamente, na noite de segunda.

O que explica:

Inflação:
o indicador de preços ao consumidor americano, divulgado na sexta (10), veio acima do esperado pelo mercado e fez analistas colocarem nas contas uma alta de 0,75 ponto percentual para a reunião desta quarta (15) do Fed.

  • Um avanço desse tamanho na taxa de juros americana não acontece desde 1994 e reforçaria o sentimento de aversão ao risco que penaliza as Bolsas e as moedas emergentes, como o real.

China: o país voltou a restringir a circulação de pessoas após nova alta de casos de Covid em Pequim e Xangai. A medida gera novas travas nos polos logísticos do país e acaba pressionando os preços de itens comercializados no mundo todo.

Crise nas criptos: o baque foi ainda maior nas moedas digitais. A Celsius, que funciona como uma espécie de banco desse mercado, congelou saques e transferências citando condições "extremas".

  • O estrago atingiu a Binance, uma das maiores corretoras cripto do mundo, que ficou horas sem permitir resgates. Tudo isso chegou ao bitcoin, que caiu para US$ 22 mil (R$ 112 mil), o menor patamar desde o fim de 2020.

Carrefour prevê R$ 2 bi para integrar Big

O Carrefour prevê investir R$ 2,1 bilhões na transformação de cerca de um terço das lojas do grupo Big para marcas do grupo francês.

Relembre: a aquisição de R$ 7,5 bilhões foi anunciada em março de 2021 e recebeu o aval do Cade no fim do mês passado.

  • A operação marca a expansão geográfica do grupo Carrefour, que tem maior presença na região Sudeste, enquanto as lojas do Big estão principalmente no Sul e no Nordeste.

Em números: das 374 lojas adquiridas, 122 serão convertidas em marcas do Carrefour. A maioria delas (70) irá virar Atacadão.

  • A decisão faz sentido em um momento de rápida expansão do atacarejo e também porque a marca tem margens maiores (de 7% a 8%) que as registradas pelo Big e Maxxi Atacado (de 4% a 6%).
  • O Carrefour também aposta no Sam’s Club, um clube de compras com produtos importados e no qual apenas sócios podem consumir. Sete das unidades adquiridas serão convertidas para esse formato, que tem margens de 10% a 11%.
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