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Setor de energia é um dos queridinhos da Bolsa
O setor de energia, que se tornou foco das atenções do mercado com o processo de privatização da Eletrobras, é um dos queridinhos dos investidores e gestores brasileiros.
O que explica: por sua natureza regulatória, esse setor é considerado como um dos mais previsíveis da Bolsa e as empresas podem funcionar como uma espécie de proteção para as carteiras em momentos de queda generalizada das ações.
- As companhias também costumam ser boas pagadoras de dividendos, o que ajuda a atrair acionistas.
- As empresas do setor podem atuar nos segmentos de geração, transmissão e distribuição –os dois primeiros são considerados ainda mais previsíveis, já que o último tem como clientes casas e empresas, que podem atrasar as contas ou reduzir o consumo em momentos de crises econômicas.
Em números: no acumulado de 12 meses até 10 de junho, o Ibovespa caiu 18,9%, enquanto o IEE (Índice de Energia Elétrica) da B3 recuou 6,61%.
Privatização da Eletrobras: os trabalhadores que aplicaram parte do saldo que possuem no FGTS nas ações da companhia poderão investir 66,79% do valor inicialmente reservado para comprar cotas da empresa.
- O rateio aconteceu porque a demanda foi superior ao limite de R$ 6 bilhões definido pela empresa para essa modalidade de aplicação.
- Investiu na Eletrobras? Saiba o que acontece agora.
Mais sobre investimentos:
- Bolsa brasileira está barata, diz CEO da gestora do Bradesco.
- Entenda, no blog De Grão em Grão, três decisões que influenciam o rendimento de sua renda fixa.
- O preço das ações da Revlon, gigante de cosméticos presente em mais de 150 países, caiu pela metade na última sexta-feira (10) após começarem a circular notícias de que a empresa pode declarar falência.
Unicórnios concentram cortes, diz Abstartups
A onda de demissões nas empresas de tecnologia está concentrada nos unicórnios (startups avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais), afirma o presidente da Abstartups (Associação Brasileira de Startups), Felipe Matos.
Entenda: diversas empresas de tecnologia promoveram cortes de funcionários recentemente, como QuintoAndar, Loft, Facily, 2TM (dona do Mercado Bitcoin) etc.
- Segundo Matos, as startups pequenas estão com vagas abertas e seguem com dificuldade para contratar determinados funcionários por escassez de mão de obra especializada na área.
O que explica: startups que viraram unicórnios nos últimos anos aproveitaram o cenário de alta liquidez no mercado global para angariar centenas de milhões em rodadas de investimento em sequência.
- Mas tudo mudou com o início do ciclo de alta dos juros nos EUA para combater a inflação.
- Se antes valia mais a pena assumir o risco de colocar o dinheiro em empresas com prejuízo do que deixar a grana parada, agora a conversa é outra: os investidores querem ver geração de caixa.
A onda de demissões também atinge empresas financeiras focadas em tecnologia, como destaca o colunista Marcos de Vasconcellos.
- É o caso da Empiricus, que vende relatórios de investimentos, da empresa do Primo Rico, influenciador que se popularizou com lições sobre como investir, e do TC (antigo Traders Club), uma plataforma de informações para investidores.
Sangria geral: o azedume do setor não é exclusivo do Brasil. Lá fora, as big techs também foram atingidas e colocaram um freio nos processos de contratação.
Apps de mensagem ajudam na contratação
Diante da digitalização impulsionada pela pandemia, as empresas de recrutamento passaram a usar aplicativos de mensagem como Slack, Discord, Telegram e WhatsApp para encontrar trabalhadores.
O que explica: além de permitirem um contato mais próximo com o candidato, esses apps reúnem membros de grupos específicos, o que facilita na seleção e no filtro de candidatos.
Trabalho presencial x home office: 50% dos trabalhadores americanos preferem se demitir do que serem forçados a voltar ao escritório em tempo integral. A pesquisa, feita pela Robert Half, uma empresa global de recrutamento, mostra o desafio diante dos chefes que querem o retorno presencial dos funcionários.
- Nos EUA, país que ainda sofre com a "grande renúncia", empresas não só estão permitindo que os funcionários decidam quando querem trabalhar presencialmente como estão realocando seus escritórios para lugares mais próximos de onde os funcionários moram.
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