O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (28) que o manifesto pela democracia sendo endossado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) é uma nota política feita em ano eleitoral e que o texto é claramente contra ele.

"Tem uma nota de alguns empresários, alguns banqueiros, alguns artistas pró-democracia. Olha, quem é contra a democracia no Brasil? Em três anos e meio [houve] algum ato meu contrário à democracia?", questionou em live semanal.

Bolsonaro levanta o questionamento sem mencionar que já fez vários discursos em tom de ameaça ao STF (Supremo Tribunal Federal), como no Sete de Setembro de 2021, e ataques ao sistema eleitoral brasileiro.

"Nós somos pela transparência, pela legalidade, nós respeitamos a Constituição. Tem gente que se irrita quando falo que estamos dentro das quatro linhas", afirmou. "Estão com medo do quê, se estou três anos e meio no governo? Nunca teve uma palavra minha, uma ação, gesto", afirmou.

Ele afirmou que não entendeu a nota, que teria sido patrocinada pelo filho do ex-vice-presidente de Lula (PT), José de Alencar. "Uma nota política em ano eleitoral", afirmou. Diversos empresários, banqueiros e integrantes da sociedade civil assinaram a carta.

"Uma nota política eleitoral que nasceu lamentavelmente na Fiesp em São Paulo. Se não tivesse o viés político nessa nota, eu assinaria. Sem problema nenhum. Mas, voltou para o lado de defesa de outro poder. Acho que o equilíbrio entre os poderes tem que existir e nós sabemos por onde que anda o desequilíbrio aqui no Brasil", afirmou. "Claramente que é contra a minha pessoa, que é favorável ao ladrão, não vou falar quem é esse ladrão", disse.