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Bolsa sobe e dólar perde força com recuperação nos EUA

Mercado americano tem forte alta após turbulência com Inflação recorde

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São Paulo

O dólar fechou esta sexta-feira (15) em queda contra o real, acompanhando arrefecimento da moeda norte-americana no exterior depois de um salto recente, embora preocupações econômicas continuassem no radar após dados fracos da China e perspectiva de possível alta de juros mais agressiva nos Estados Unidos.

O dólar comercial à vista caiu 0,49%, a R$ 5,4050 na venda. A moeda americana, porém, acumulou queda de 2,60% na semana.

No mercado doméstico de ações, o índice Ibovespa subiu 0,44% no dia, aos 96.551 pontos. Já o saldo semanal teve forte baixa de 3,72%.

Uma nota de dólar posicionada sobre mapa
Uma nota de dólar posicionada sobre mapa - Thomas White - 22.jun.2017/Reuters

No exterior, a alta da Bolsa de Nova York apontou redução do pessimismo ao final de uma semana de turbulências. O indicador parâmetro para as ações negociadas em Wall Street, o S&P 500, avançou 1,92%. Na semana, houve queda de 0,93%.

No setor de commodities, o petróleo voltava a ser negociado acima dos cem dólares. No final da tarde, o barril do Brent subia 2,08%, a US$ 101,16 (R$ 546,34).

Nesta quinta-feira (14), um dia após a inflação nos Estados Unidos ter renovado a maior alta em quatro décadas, os mercados apostaram que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) promoverá uma alta de juros ainda mais agressiva do que a esperada.

O aperto ao crédito tem o objetivo de frear a alta de preços na principal economia do planeta, mas o efeito colateral poderá ser uma recessão mundial. É uma percepção que provoca desvalorização generalizada das ações de empresas e depreciação das matérias-primas.

Durante o dia, o petróleo atingiu seu menor valor desde a eclosão da Guerra da Ucrânia. O barril de Brent chegou a ficar abaixo dos US$ 95 (R$ 518). Houve recuperação no final da tarde, e a commodity fechou perto da estabilidade (queda de 0,47%), cotada a US$ 99,10 (R$ 543).

O contexto de maior aperto monetário dos EUA e temor de uma recessão global é adverso para mercados emergentes, com grande dependência de commodities, como o brasileiro.

A Bolsa de Valores brasileira caiu nesta quinta à sua pontuação mínima em 20 meses. Com perda de 1,80% no dia, o índice de referência Ibovespa mergulhou aos 96.212 pontos, seu menor patamar desde 3 de novembro de 2020.

Além de observarem o exterior, investidores do mercado brasileiro também pesaram a aprovação da PEC (proposta de emenda à Constituição) que amplia benefícios sociais em ano eleitoral.

Ao ampliar gastos diante de um cenário de inflação mundial e risco de recessão, a medida poderá criar obstáculos à execução do Orçamento em 2023, considerando um cenário de perda de arrecadação.

Um indicador que reflete a desconfiança no Brasil é o chamado risco-país, medido pelo CDS, o Credit Default Swap, um tipo de contrato que protege investidores contra calotes. Os contratos de CDS para cinco anos seguem perto das máximas desde 2020, na casa dos 329 pontos.

Com Reuters

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