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Itaú lança plataforma para tornar criptoativos mais acessíveis

Tokenização de ativos prevê a digitalização via blockchain de ativos tradicionais

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São Paulo

​O Itaú anunciou nesta quinta-feira (14) o lançamento da sua plataforma de tokenização de ativos, a Itaú Digital Assets.

Segundo o banco, ativos tradicionais de mercado, como títulos de dívida emitidos por empresas, serão digitalizados por meio da rede blockchain, com o objetivo de tornar esses criptoativos acessíveis para um público mais amplo.

No início de julho, a nova unidade de negócio do Itaú realizou um projeto piloto com uma empresa já cliente do banco, que aceitou fazer o processo de tokenização de recebíveis (títulos de dívida) devidas por uma série de fornecedoras.

A operação movimentou cerca de R$ 360 mil, com prazo de 35 dias, e foi restrita a um pequeno grupo de clientes da área de private banking (voltada para investidores com alguns milhões em carteira) e funcionários.

Fachada de agência do banco Itaú no Rio de Janeiro
Fachada de agência do banco Itaú no Rio de Janeiro - Sergio Moraes - 29.abr.2019/Reuters

A expectativa é que, até o final do ano, sejam realizadas as primeiras emissões de ativos tokenizados voltadas para o investidor pessoa física de varejo, por meio da plataforma Íon.

Há 15 anos no banco, a executiva Vanessa Fernandes, baseada em Nova York, nos Estados Unidos, foi destacada para ficar à frente da nova operação digital do Itaú.

"Começamos a estudar o blockchain há cerca de 5 anos, e a gente consegue mudar o sistema financeiro desenvolvendo plataformas mais simples", afirmou a especialista, durante coletiva com a imprensa na manhã desta quinta.

Segundo ela, com o novo projeto, a ideia é que ativos estruturados pelo banco hoje restritos aos investidores com grandes fortunas se tornem acessíveis ao público em geral no formato tokenizado.

"Pretendemos democratizar os investimentos através da tokenização", afirmou.

Ela acrescentou que os ativos tokenizados pela nova plataforma do banco não se tratam de criptomoedas, com ativos tradicionais de mercado servindo como lastro para a emissão dos criptoativos, diferentemente do bitcoin, que não está atrelado a qualquer outro negócio. "Não tem nada a ver com criptomoeda", disse
a executiva do Itaú.

O ambiente de inflação pressionada em escala global, com os BCs nos mercados desenvolvidos tendo de aumentar os juros de forma cada vez mais acelerada , tem provocado uma erosão aguda nas cotações das criptomoedas no acumulado de 2022. O bitcoin amarga desvalorização de cerca de 60% no ano.

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