Laboratórios rivais se unem, quiz de notícias da semana e o que importa no mercado

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Negócio reagente

As empresas de diagnósticos médicos Fleury e Hermes Pardini anunciaram nesta quinta (30) a combinação dos seus negócios. O mercado reagiu bem à notícia, e as ações saltaram 16% e 19%, respectivamente.

A operação ainda precisa ser aprovada pelos acionistas e passar pelo aval do Cade.

Valores de referência: o negócio é na prática uma compra do Fleury, que dará em troca aos acionistas do Pardini 1,21 ação ordinária mais R$ 2,15 em dinheiro para cada papel que eles possuem. O acordo avalia o Pardini em R$ 2,51 bilhões, segundo o BTG.

  • As empresas comunicaram que a operação deve gerar um aumento de R$ 160 milhões a R$ 190 milhões ao ano no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), indicador que mede a geração de caixa.
  • Para dar um fôlego ao caixa da companhia após a aquisição, o Fleury anunciou que poderá realizar um aumento de capital de até 70,6 milhões de ações.
Fachada de uma das unidades do laboratório Fleury em São Paulo
Fachada de uma das unidades do laboratório Fleury em São Paulo - Pedro Dias - 18.mai.2015/Folhapress

Check-up: o acordo aumenta a presença do Fleury em Minas Gerais, Goiás e Pará, locais onde a Pardini tem forte atuação.

  • Em relatório, a XP destaca que as empresas têm muitas sinergias e que a combinação dos negócios aproxima o Fleury da Dasa em participação de mercado. Segundo dados da ANS de 2020, Dasa (14,7%) lidera, seguida de Fleury (9,3%) e Pardini (4,7%).

Sem jejum: o negócio se soma à sequência de fusões e aquisições no setor nos últimos anos.

Mais sobre mercado financeiro:

  • O S&P 500, principal índice dos EUA, teve o primeiro semestre mais negativo em mais de 50 anos.

Ronaldo ataca nos negócios

Dono dos clubes Cruzeiro e Valladolid, da Espanha, Ronaldo ataca em outras frentes longe, mas não tanto, dos campos. O ex-jogador criou em 2021 uma holding, a Oddz, para gerenciar suas outras empresas. Listamos em que negócios o Fenômeno está metido:

  • Marketing esportivo: desde 2019, ele é dono da operação da agência Octagon, especializada em esporte e entretenimento. A agência criada nos EUA tem clientes como a NBA.
  • Gestão de atletas: um braço do grupo cuida de patrocínio e patrimônio de atletas, como Tamires, Gabriel Jesus e Roger Guedes, entre outros.
  • Mídia: a nova menina dos olhos do jogador é a área de produção de conteúdo. Games, documentários e transmissão de eventos estão no radar de empresas da holding.

Quero ser LeBron! O modelo que o ex-atacante tenta replicar é o do jogador do Lakers, da NBA, que acumula patrimônio de US$ 1 bi (R$ 5,2 bi), segundo a Forbes. O astro não é apenas garoto propaganda de marcas, mas participa e lucra com a produção dos conteúdos e sua distribuição.

  • O atacante tem um canal no Youtube onde faz lives, entrevistas e interage com fãs. Tudo, claro, com patrocinadores;
  • Também produz três documentários: um sobre sua carreira, outro com os bastidores da temporada do Cruzeiro e um terceiro sobre as mudanças na estrutura do futebol brasileiro.

Aportes: em 2022, a holding de Ronaldo prepara uma captação de investimentos no mercado para atrair sócios, que poderão adquirir 15% do negócio. A rodada de conversas com investidores está em andamento.

  • O plano é receber aportes somados de até R$ 30 milhões, o que faria da empresa de mídia um grupo avaliado em R$ 200 milhões.

Sim, mas… A captação acontece num momento difícil com juros altos aqui e nos Estados Unidos, o que inibe investidores de venture capital, operações consideradas de risco.

Colaborou Paulo Passos


Dê uma pausa

  • Para assistir "Fortuna" - série do Apple TV+

A trama é protagonizada por Maya Rudolph, que vive uma mulher que perdeu a conexão com a realidade após tantos anos vivendo em meio ao luxo.

  • A personagem descobre que está sendo traída e, ao pedir o divórcio, tem direito a US$ 87 bilhões. Ela também assume o comando de uma instituição beneficente que fundou anos atrás, mas da qual nem se lembra.
  • Segundo os criadores da comédia, o desafio que cercou os roteiros dos dez episódios foi diminuir o descompasso entre protagonista e público –afinal, não é difícil sentir aversão por bilionários.

Esse descompasso fica claro no documentário "Geração Riqueza" (Prime Video). A fotógrafa Lauren Greenfield mostra seus anos de trabalho retratando os super-ricos e a obsessão deles pela riqueza, consumismo e ostentação.

Além da economia:

  • A Mulher da Casa Abandonada: quarto episódio da série de podcasts da Folha que virou febre revela os caminhos percorridos por Renê Bonetti e pela empregada escravizada nos EUA.
  • TV Folha: plataformas de internet estão destruindo a democracia, diz Nobel da Paz; assista entrevista
Erramos: o texto foi alterado

A holding Oddz planeja receber aportes somados de até R$ 30 milhões, não de R$ 200 milhões, como escrito em edição anterior do texto.

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