O executivo Marcelo Odebrecht e a Novonor (ex-Odebrecht) chegaram a um acordo para encerrar as disputas na Justiça entre a companhia e o ex-presidente do grupo, que foi preso pela Operação Lava Jato.
O acordo foi firmado na última quinta-feira (7). A informação foi antecipada pelo jornal Valor Econômico e confirmada pela Folha.
Segundo nota da empresa, se chegou a um consenso para a extinção dos processos iniciados em 2020, por meio de concessões de ambas as partes, que contaram com um mediador profissional.
"A Novonor S.A. informa que, em 7 de julho de 2022, concluiu composição que encerra todos os litígios entre a Companhia e o ex-executivo Marcelo Odebrecht. Por meio de concessões recíprocas, que contaram com apoio de mediador profissional, Novonor e Marcelo Odebrecht alcançaram o consenso necessário para extinção dos processos iniciados em 2020", diz a nota.
Ainda de acordo com a empresa, Marcelo deixou de ser acionista da Novonor e não exercerá mais qualquer cargo no grupo.
As brigas judiciais entre Marcelo e o grupo se tornaram públicas nos últimos três anos. No ano passado, a Justiça de São Paulo anulou um acordo em que a Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 52 milhões a Marcelo, na época em que ele estava preso em Curitiba.
Durante a Lava Jato, a Odebrecht reconheceu o pagamento de US$ 788 milhões em propinas e doações para campanhas em 12 países, incluindo o Brasil. Em 2016, a empresa assinou um acordo de leniência, para garantir o direito de continuar prestando serviços ao poder público.
Ao entrar em recuperação judicial, a empresa havia reconhecido que devia ao herdeiro do grupo R$ 20 milhões em honorários pelo período em que Marcelo era responsável pelo grupo.
Marcelo deixou a prisão em 2017, após dois anos e meio, ao ter uma progressão de regime. Ele foi demitido pela empresa dois anos depois.
Em 2020, a Odebrecht anunciou que mudaria de nome para Novonor (em uma junção das palavras "novo" e "norte"), como parte de uma política para desvincular o grupo dos casos de corrupção.
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