As principais organizações de produtores agrícolas da Argentina se manifestaram em rodovias, nesta quarta-feira (13), e suspenderam a comercialização de grãos e pecuária por 24 horas para exigir mudanças na política econômica do governo de Alberto Fernández.
Os produtores pedem isenção de impostos e a normalização do abastecimento de combustíveis. A Argentina enfrenta uma escassez de diesel nas últimas semanas, no auge da colheita.
Um dos principais produtores de alimentos do mundo e primeiro exportador de óleo e farinha de soja, o país foi, por um lado, beneficiado pelo súbito aumento nos preços dos cereais e oleaginosas, como consequência da Guerra da Ucrânia.
Por outro, o conflito também encareceu a importação de fertilizantes e de combustíveis, essenciais para o campo. A Argentina importa 60% dos fertilizantes que consome, e 15% são provenientes da Rússia.
O protesto foi organizado poucos dias após a nomeação da nova ministra da Economia, Silvina Batakis, na esteira da renúncia de seu antecessor, Martín Guzmán, em meio a turbulências cambiais e a uma inflação estimada em 76% para este ano.
A expectativa é que as exportações agroindustriais alcancem um recorde de US$ 41 bilhões em 2022, cerca de US$ 3 bilhões a mais do que em 2021.
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