Tesla perde liderança em elétricos, 5G chega ao Brasil e o que importa no mercado

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Tesla perde liderança nos elétricos

A montadora chinesa BYD superou a Tesla no posto de líder global de vendas de veículos elétricos.

A Berkshire Hathaway, empresa do megainvestidor Warren Buffett, tem participação acionária na fabricante asiática, enquanto Elon Musk é o maior acionista e presidente da americana.

O que explica: as fábricas da BYD ficam em regiões que sofreram menos restrições das políticas "Covid zero" chinesas e acabaram enfrentando menores problemas na cadeia de suprimentos.

  • A Tesla, cuja maior fábrica no país fica em Xangai, centro econômico que passou por rigorosos lockdowns nos últimos meses, apresentou queda nas vendas pela primeira vez em dois anos.
  • O crescimento da montadora chinesa também mostra a força do mercado local no segmento de carros elétricos, que foi responsável por metade das vendas globais desses veículos em 2021.

Em números: a BYD vendeu 641 mil veículos nos primeiros seis meses do ano, um salto de mais de 300% em relação ao mesmo período do ano anterior.

  • No período, a montadora de Musk comercializou 564 mil veículos.

Sim, mas…Parte dos modelos da fabricante chinesa é híbrido, não 100% elétrico –como os da Tesla–, com um motor a combustão que é acionado em trajetos mais longos.

  • As regras comerciais chinesas, porém, classificam esses veículos como de "emissão zero".

Quanto custa? O Tesla Model 3, que costuma liderar a venda de elétricos nos EUA, sai por cerca de US$ 40 mil (R$ 215 mil).

No Brasil, a BYD lançou um utilitário elétrico de luxo no fim de 2021, com preço de cerca de R$ 480 mil, e neste ano fez sua estreia nos sedãs, com um elétrico por R$ 540 mil.


O 5G chegou

Esta quarta (6) marca o início da operação do 5G "puro" no país, com a liberação da faixa de frequência de 3,5 GHz em Brasília pela Anatel. A TIM é a primeira operadora a oferecer a tecnologia na capital federal.

Serão ativadas cem antenas, que vão chegar a 50% da população, segundo a empresa.

Entenda: ao contrário do 5G "impuro" que aparece na tela de alguns celulares, a versão standalone tem uma "avenida" no ar dedicada só para ela, que garante maior velocidade e menor latência (tempo de transferência de dados de um ponto a outro).

Cronograma: a previsão é de que o 5G chegue a todas as capitais estaduais até 29 de agosto. Belo Horizonte e Porto Alegre estão mais adiantadas e devem ser as próximas a lançar o serviço.



Precisa trocar de chip ou aparelho? A TIM informou que um novo chip não será necessário para ter acesso à tecnologia, enquanto Claro e Vivo não informaram o preço dos chips 5G.

  • Veja aqui a lista dos principais aparelhos compatíveis com a conexão.

Em números: a tecnologia de quinta geração promete revolucionar setores importantes para o país, da indústria à medicina, e tem velocidade que alcança, em média, 1Gbps (Gigabit por segundo), dez vezes maior que a média do 4G.


Dólar ganha força

O brasileiro piscou e o dólar voltou para R$ 5,39, na maior cotação desde 28 de janeiro. No pregão desta terça (5), que também foi marcado pela queda de quase 10% do petróleo, a moeda americana valorizou 1,16%.

Há menos de um mês, a divisa operava em um patamar abaixo de R$ 5.

O que explica:

  • No dia, o temor de uma recessão global voltou a dar calafrios nos investidores. A aversão ao risco impulsionou a moeda americana mundo afora e a previsão de menor atividade econômica derrubou as cotações do petróleo.
  • A sequência recente de alta do dólar também é influenciada por fatores locais e externos. Lá fora, a previsão de que o Fed será mais agressivo para combater a inflação nos EUA. Aqui, o temor de que medidas ampliem o risco fiscal, como a PEC dos bilhões.

Petróleo a US$ 380 ou a US$ 65? No dia que o barril do tipo Brent, referência internacional, desabou 9,33%, a US$ 102,91 (R$ 554,61), o Citigroup calculou que a commodity pode chegar a US$ 65 (R$ 350,30) com uma recessão global puxada pelos EUA.

  • A previsão vai no sentido oposto a cálculos do JPMorgan divulgados nos últimos dias, que previam o petróleo a US$ 380 (R$ 2.047) no pior cenário de uma eventual retaliação russa a novas sanções estudadas pelo G7.

Na Bolsa: o Ibovespa fechou em queda de 0,32%, a 98.294 pontos. O índice foi puxado para baixo pelas ações da Petrobras, que recuaram 3,81%, enquanto as varejistas, com altas de dois dígitos, ajudaram a reduzir as perdas no dia.


Indústria criativa sofre menos na pandemia

Atividades como publicidade, marketing e tecnologia deram força para a indústria criativa ter um desempenho positivo em 2020 no aspecto do emprego formal, na contramão do desempenho do país.

O número de vínculos empregatícios no setor subiu 1,8% naquele ano, para 935,3 mil, enquanto o total de postos formais no país recuou 1% no período. Os dados são de uma pesquisa da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).



Entenda: a indústria criativa engloba atividades em áreas de consumo (publicidade, arquitetura, design, moda), tecnologia (tecnologia da informação, biotecnologia, pesquisa e desenvolvimento), mídia (editorial e audiovisual) e cultura (música, patrimônio, artes cênicas, expressões culturais).

O que explica: a alta mais forte nos segmentos de consumo e tecnologia se deu graças à digitalização forçada no início da pandemia.

Mais sobre trabalho e tecnologia:

A Loft anunciou a demissão de 384 trabalhadores (12% do quadro de funcionários), que se soma aos 159 desligamentos feitos pela empresa em abril.

É mais um caso de demissão em massa nos unicórnios brasileiros, que estão em modo corte de custos.

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