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Bolsa tem melhor semana desde novembro de 2020

Ibovespa tem alta semanal acima de 5%; Magazine Luiza dispara 18%

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São Paulo

A Bolsa de Valores brasileira entregou nesta sexta-feira (12) o seu maior crescimento semanal em 21 meses.

Após avançar 2,78% nesta sessão, o índice de referência Ibovespa saltou 5,91% nesta semana. É o melhor ganho desde os 7,42% alcançados na primeira semana de novembro de 2020.

Além de um ambiente internacional mais favorável a investimentos considerados arriscados, como são as aplicações em renda variável de países emergentes, investidores demonstraram otimismo ao avaliarem a bateria de balanços trimestrais das empresas locais.

Quadro eletrônico mostra flutuações de ações na Bolsa de Valores, em São Paulo
Quadro eletrônico mostra flutuações de ações na Bolsa de Valores, em São Paulo - Amanda Perobelli - 19.out.2021

Ainda sobre o pregão desta sexta, as ações da Magazine Luiza dispararam quase 18%. Os papéis mais negociados da Petrobras pularam 6,19%. O Banco do Brasil ganhou 5,65%.

Com a maior parte das empresas já tendo concluído suas apresentações de resultados do segundo trimestre, especialistas da XP Investimentos classificaram 73% dos balanços reportando lucros acima do esperado.

Nas duas últimas semanas, a Bolsa brasileira fechou no azul em oito sessões e registrou somente duas quedas. Perdas pontuais consideradas normais após um período prolongado de ganhos, com investidores vendendo ativos valorizados para obter lucros, segundo Piter Carvalho, economista da Valor Investimentos.

No exterior, os últimos dias também foram de lucros para as principais bolsas.

O indicador parâmetro de Nova York, o S&P 500, escalou 1,73% nesta sexta. No acumulado semanal houve ganho de 3,26%.

Com isso, o S&P 500 chegou à quarta semana consecutiva em alta, o mais longo período de resultados positivos neste ano.

Na Europa, Londres, Paris e Frankfurt avançaram 0,47%, 0,14% e 0,74%, respectivamente, nesta sexta. Na mesma ordem, os ganhos desses mercados nesta semana foram de 0,82%, 1,26 e 1,63%.

Dólar cai em dia de força global do real

No mercado global de câmbio, o real teve a maior valorização diária entre seus pares, recuperando-se de uma forte queda na véspera.

A moeda brasileira obteve o maior ganho tanto na comparação com divisas de países emergentes, como em relação à cesta que mede o valor do dinheiro das principais economias.

No câmbio doméstico, o dólar caiu 1,66%, encerrando a sessão cotado a R$ 5,0740. É o menor patamar desde 15 de junho. No acumulado desta semana, a moeda americana tombou 1,86%.

Em um dia de poucas notícias na agenda econômica local, investidores calibram suas apostas para um ambiente de aparente desaceleração da inflação doméstica e global.

Eles estão encorajados a buscar posições mais arriscadas e com maior potencial de lucro após a desaceleração da inflação nos Estados Unidos ter sinalizado que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) poderá reduzir o ritmo de elevação da sua taxa de juros.

O índice de preços ao consumidor americano permaneceu inalterado em julho, após avançar 1,3% em junho, informou nesta semana o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. O acumulado em 12 meses caiu de 9,1%, em junho para 8,5%, no mês passado.

"O CPI [índice de preços ao consumidor americano] abaixo das estimativas mostrou arrefecimento da inflação após duas altas consecutivas, com destaque para [a queda] dos custos de energia e combustível", comentou Cassiano Konig, sócio da GT Capital Investimentos.

"Ainda tivemos a divulgação da ata do Copom [comitê de política monetária do Banco Central do Brasil] deixando claro que terminou o ciclo de elevação da taxa de juros", disse Konig.

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