Crise imobiliária na China, preço da gasolina cai e o que importa no mercado

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Por que crise imobiliária na China preocupa o mundo

A crise imobiliária na China se mostra cada vez mais como uma ameaça ao crescimento da segunda maior economia do mundo e, consequentemente, da atividade global como um todo.

Aqui no Brasil, os impactos da desaceleração da sua maior parceira comercial também começam a aparecer.

Entenda: o setor imobiliário é muito relevante para a economia chinesa – representa quase um terço do PIB –e acaba impactando em diversas outras atividades. Lembra do temor gerado pelo calote da Evergrande?

  • O mercado imobiliário foi um dos alicerces para o robusto crescimento do país nos últimos anos, ao acompanhar o movimento de migração da área rural para os grandes centros.

Por que há uma crise? O avanço do setor era baseado na compra antecipada dos imóveis. Enquanto isso, as incorporadoras seguiam lançando unidades, cujas vendas ajudavam a financiar as obras em andamento.

  • Essas "pré-vendas" representam de 70% a 80% das vendas de novas casas na China.
  • O problema é que o crescimento da população desacelerou, e o atual desaquecimento da economia prejudicou ainda mais a comercialização de novas unidades –só em julho a queda foi de 40% ante o ano anterior.
  • Sem ver uma evolução na construção de seus apartamentos, os proprietários começaram a parar de pagar o financiamento. Esses "empréstimos boicotados" podem totalizar US$ 145 bilhões (R$ 735 bilhões), segundo estimativa da S&P Global.

No domingo, dados evidenciaram a desaceleração no varejo e na indústria locais, que também são afetados pelas políticas de Covid Zero. Os indicadores jogaram as cotações do petróleo e do minério de ferro para baixo.

Governo reage: depois de restringir os empréstimos às incorporadoras em 2020 temendo uma bolha, a China agora emitiu US$ 148 bilhões (R$ 750 bilhões) para ajudar o setor imobiliário, segundo o Financial Times.

  • O Partido Comunista também anunciou novas medidas de incentivo à economia após os dados que mostram enfraquecimento da atividade.

Mais um corte no preço da gasolina

A Petrobras anunciou um corte de 4,8% no preço da gasolina em suas refinarias a partir desta terça (16).

A queda representa um recuo de R$ 0,18 por litro nas refinarias e de R$ 0,13 por litro nos postos, considerando a mistura com o etanol.

O que explica: o corte acompanha a tendência de recuo nas cotações internacionais do petróleo diante de temores de uma recessão global, que provoca menor demanda pela commodity.

  • Na abertura do mercado, o preço médio da gasolina brasileira estava R$ 0,33 por litro acima da paridade de importação, segundo cálculos da Abicom, associação de importadores.

No histórico: esta é a terceira redução no preço da gasolina anunciada pela companhia em menos de um mês. Na semana passada, a estatal também anunciou a segunda redução seguida no preço do diesel.


Nubank tem novo presidente e ultrapassa Santander

No anúncio de seus resultados no segundo trimestre, o Nubank comunicou uma reestruturação interna, registrou aumento no número de clientes e na receita, mas também viu alta na inadimplência em sua carteira de crédito.

Reestruturação: Youssef Lahrech, diretor de operações da companhia há dois anos, se torna o novo presidente da holding, cuidando das operações do dia a dia.

  • Ele se reportará a David Vélez, CEO global e fundador do banco digital que agora passa a priorizar a estratégia de longo prazo, como "o desenvolvimento de produtos, a expansão para novos mercados e novas aquisições", informou a instituição.
  • Outros executivos do Nubank, incluindo a cofundadora e presidente no Brasil, Cristina Junqueira, vão se reportar a Lahrech.

Em números: o banco digital reportou lucro líquido ajustado de US$ 17 milhões (R$ 86 milhões). Em relação ao segundo trimestre de 2021, o número de clientes avançou 57%, para 65,3 milhões de usuários.

  • A receita cresceu 230% nessa base de comparação, para US$ 1,2 bilhão.

No Brasil, seu principal mercado, o Nubank chegou a 62,3 milhões de clientes no fim de junho, alta de 51% sobre um ano antes. A fintech se tornou o quinto maior banco do Brasil em número de clientes, superando o Santander Brasil.

Inadimplência cresce: o banco digital viu sua taxa de inadimplência acima de 90 dias saltar de 3,5% para 4,1% em um trimestre, em meio a um cenário de juros altos, que encarece o crédito.

  • A alta no número de devedores nas instituições bancárias era esperada e tem sido acompanhada de perto pelo mercado.

Aluguel de celular pode ser opção para 5G

O 5G deve chegar a todas as capitais do país até o fim do ano, mas isso não quer dizer que o serviço vai se popularizar logo. Um dos empecilhos para a adoção maciça da tecnologia está nos preços dos aparelhos compatíveis com a conexão de quinta geração.

​Os ansiosos pela nova tecnologia que não querem gastar uma bolada por um novo celular podem encontrar uma alternativa nos planos de aluguel, chamado de Phone as a Service (celular como serviço).

Entenda: nessa modalidade, o consumidor paga uma taxa mensal para ter acesso aos modelos mais novos e pode trocar de versão com frequência.

  • É uma opção principalmente para quem não pode arcar com o preço à vista de um smartphone topo de linha.

Em números: um iPhone 13 sai por R$ 7.600 na loja oficial da Apple, enquanto um Galaxy S22 custa R$ 6.000 na Samsung. O preço do aluguel para esses aparelhos varia em torno de R$ 390.

Atraso: diante de dificuldades na instalação de filtros nas antenas de celular e nas antenas parabólicas para "limpar" a frequência do 5G, o comitê do 5G prevê novos atrasos na implantação da tecnologia em 15 capitais para até o final de novembro.

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