Estratégia de dividendos da Petrobras é alvo de críticas, streaming de games e o que importa no mercado

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A distribuição recorde de dividendos anunciada pela Petrobras agradou ao mercado e vai ajudar o governo a bancar os auxílios, mas também gerou críticas de analistas, sindicatos e até de conselheiro.

O que explica: a preocupação em comum é que esses recursos poderiam ser destinados para ampliar investimentos da companhia.

  • Um dos representantes de acionistas minoritários no conselho, Francisco Petros diz que o dinheiro poderia ir para redução de emissões, satisfação dos usuários de energia e redução do custo de energia.
  • A Petrobras defendeu em teleconferência dos resultados a distribuição dos dividendos e disse que ela não impacta na decisão de investimentos.

Não é de hoje: a estratégia da companhia de priorizar o investimento no pré-sal, área em que possui baixo custo e alta produtividade, vem desde 2019, na gestão Roberto Castello Branco.

  • Nessa época também foi aprovada a atual política de dividendos. Ela prevê a distribuição de 60% da geração de caixa da companhia, descontados os gastos com investimentos, a cada trimestre em que a dívida bruta estiver abaixo de US$ 65 bilhões.

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TikTok além das dancinhas

O boom do TikTok nos últimos anos trouxe à plataforma profissionais de diferentes áreas que apostam na produção de conteúdo na rede –sem ter de recorrer às características dancinhas do app– para promover a imagem e aumentar a renda.

O que explica: a capacidade de viralização dos conteúdos produzidos no app chinês, que foi o mais baixado do mundo em 2020 e já desbancou o Instagram e o YouTube entre os mais jovens.

  • É esse perfil de público que profissionais como professores, advogados e dentistas tentam alcançar com vídeos curtos e dinâmicos, o modelo apropriado para o app.
  • A estratégia para ampliar a clientela é semelhante à de outras redes: mostrar que tem conhecimento na área, angariar seguidores e tornar-se referência no assunto. A diferença, no caso do TikTok, está na maneira com que o conteúdo é compartilhado.

A Folha conversou com uma advogada criminalista, uma psiquiatra, um professor de química e uma dentista pediátrica que bombam no TikTok para entender suas estratégias.

  • Veja aqui outras dicas de como utilizar o tiktok para promoção profissional.

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Streaming de games

Depois de revolucionar as indústrias do cinema e da música, a onda do streaming deve chegar aos games.

Entenda: trata-se do cloud gaming, ou jogos na nuvem. A ideia é que os usuários possam jogar em qualquer dispositivo, sem ter a obrigação de adquirir dispositivos específicos, como os consoles PlayStation, Nintendo e Xbox.

  • O "streaming de games" funciona com servidores remotos, que transmitem o jogo para o dispositivo do usuário.
  • Os agentes do setor veem o modelo como uma alternativa que pode se tornar mais acessível que os consoles, mas que não necessariamente vá substituí-los.

Em números: ainda em processo de evolução, em 2021 o mercado de cloud gaming movimentou US$ 1,5 bilhão (R$ 7,7 bilhões) no mundo e US$ 47 milhões (R$ 247 milhões) na América Latina. Os dados são da consultoria Newzoo.

O que há disponível: no Brasil, o principal serviço é o Xbox Cloud Gaming, que integra a plataforma Game Pass. Nela estão cerca de cem títulos, entre produções de orçamento milionário, independentes e até brasileiras.

  • O plano com o cloud gaming custa R$ 44,99 ao mês e a ferramenta demanda ainda um controle.

O que pode emperrar a novidade: a conexão de internet tem que ser estável e veloz, porque é ela que envia os comandos do dispositivo do usuário para a nuvem e de lá para então retornar à tela.

  • Mesmo com a melhor internet disponível, jogar online pela nuvem ainda não é ideal, mas a alternativa vem evoluindo bastante nos últimos anos.

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Startup da Semana: FinanZero

O quadro "Startup da Semana" traz às segundas o raio-x de uma startup que recebeu aporte recentemente.

A startup: fundada em 2015 por suecos, a fintech funciona como uma agregadora para pedidos de empréstimo online, que promete facilitar a busca de pessoas físicas por crédito.

Em números: a startup anunciou na última semana ter recebido um aporte de US$4,1 milhões (R$ 21,2 milhões). O investimento vem pouco mais de um ano depois de a FinanZero ter captado US$ 7,1 milhões (R$ 36,8 milhões).

Os investidores: o aporte teve participação de VEF, Webrock Ventures, Dunross & Co e Atlant Fonder.

Que problema resolve: a empresa atua no serviço de comparação de empréstimos, conectando as mais de 60 instituições financeiras cadastradas aos usuários em busca de empréstimo.

  • Após fazer o cadastro, o interessado recebe até dez ofertas de crédito pré-aprovadas em cinco minutos. Após o pedido ser aprovado, o dinheiro cai na conta em até 48 horas.

Por que é destaque: em um momento de crédito encarecido pela alta nos juros, os serviços da FinanZero facilitam a comparação de diferentes taxas e podem ser uma mão na roda para quem precisa de empréstimo – alternativa que deve ser avaliada com cuidado.

Mais sobre a startup: a fintech contabiliza 31 milhões de pedidos de empréstimos realizados e cerca de 1,5 milhão de novas solicitações por mês.

  • O sueco Olle Widén, CEO e cofundador da FinanZero, disse ao site Startups que o planejamento é atingir o breakeven (equilíbrio entre receitas e custos) no ano que vem.


A semana em resumo

Foram 14 rodadas de captação feitas na América Latina, com US$ 93 milhões (R$ 482,5 milhões) em investimentos. O Brasil concentrou 13 delas –a outra foi no Chile.

Os dados são fornecidos pela plataforma Sling Hub.

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