Febraban não deveria assinar carta política, diz presidente do BB, sobre ato pró-democracia

Banco do Brasil e Caixa foram voto vencido no apoio da federação dos bancos ao manifesto

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São Paulo

O presidente do BB (Banco do Brasil), Fausto Ribeiro, defendeu nesta quinta-feira (11) a posição adotada pelo banco de não apoiar a adesão da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) ao manifesto em defesa da democracia.

Os bancos sob controle do governo, BB e Caixa, foram voto vencido na decisão da Febraban de aderir ao manifesto da Fiesp pelos direitos democráticos.

"Nossa posição segue de neutralidade", afirmou, dizendo que outros bancos além do Banco do Brasil e da Caixa tiveram a mesma posição. Ele afirmou "entender que a Febraban não deve se manifestar em questões políticas".

Homem de cabelos castnahos curtos, paletó cinza, camisa branca e gravata azul fala ao microfone em frente a parede azul com figura da bandeira do Brasil
O presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, em evento no Palácio do Planalto, em Brasília - Evaristo Sá - 29.jun.2022/AFP

As declarações de Ribeiro foram dadas durante conversa com jornalistas para comentar os resultados do segundo trimestre de 2022.

Ele ressaltou ainda que a "posição de neutralidade" seria, em sua avaliação, a mais adequada para uma entidade que tem como grande objetivo zelar pelo sistema financeiro nacional. "Não caberia para a gente entrar nessa questão."

"Obviamente todos nós somos a favor da democracia, temos esse compromisso com a democracia, vivemos no Estado de Direito. O BB respeita a independência dos Poderes, a soberania, e atuamos para levar crédito à cadeia produtiva do país. Esse é o nosso interesse, é o nosso papel, a nossa vocação, essa é a contribuição que a gente pode dar para a sociedade", disse o presidente do banco público.

No final de julho, Mário Leão, presidente do Santander, defendeu posição diferente. "A gente considera legítimo o debate, considera legítimo o manifesto, e a gente considera legítimo que a Febraban, como órgão que representa a congregação dos bancos, tenha um voto único, e, portanto, uma participação no manifesto. A gente contribuiu para que a Febraban, de forma democrática, concluísse em apoiar [o manifesto]", afirmou

O presidente do Bradesco, Octávio de Lazari Junior, em conversa sobre os resultados do banco no segundo trimestre, também defendeu a carta.. "Se olharmos o teor do manifesto, é um teor muito sereno, e é aquilo que todo cidadão brasileiro gostaria. A gente está muito tranquilo, e o nosso objetivo principal é a defesa de um patrimônio que nós temos no Brasil, que é a democracia no nosso país."

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