Em evento da Abrasel (associação de bares e restaurantes) realizado nesta terça-feira (9), o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar que o Brasil está no início de um "longo ciclo de crescimento", enquanto outros países projetam desaceleração.
"Nós só temos que ter juízo, só temos que votar direitinho, fazer a coisa certa e seguir o caminho da prosperidade, está tudo arrumado", disse Guedes, reforçando que o país está em contraste com as economias avançadas, que já falam em recessão, e com países vizinhos como Argentina, Equador e Bolívia, que estão "desmanchando".
A avaliação do ministro, porém, vai de encontro a projeções internacionais. Na revisão das estimativas globais em seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI passou a ver crescimento do PIB (Produto Interno Bruto do Brasil) neste ano de 1,7%, acima da taxa de 0,8% calculada em abril. Para 2023, porém, o relatório projeta expansão de apenas 1,1%.
Já para a economia mundial, a instituição prevê desaceleração de 3,2% de crescimento neste ano para 2,9% no próximo. Nesse cenário, o desempenho do Brasil seria pior que o global.
O ministro disse, ainda, que a taxa de desemprego do país vai cair a 8% antes do final do ano e que a alta do PIB vai superar as projeções de analistas.
No três meses até junto, a taxa de desemprego do país ficou em 9,3%, menor patamar para o período desde 2015.
"Antes de o ano acabar nós estamos descendo para 8%...vamos terminar o ano com a menor taxa de desemprego que nós já vimos nesses últimos dez, 15 anos", afirmou Guedes.
Falando aos empresários, o ministro disse, sem dar detalhes, que o país deve avançar no programa de transação tributária, que concedeu descontos para que empresas regularizem suas dívidas, garantindo que os setores de eventos, comércio e serviços tenham acesso às mesmas possibilidades que foram concedidas a outros setores.
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