Descrição de chapéu Previdência inss

Teto do INSS pode chegar a R$ 7.612 em 2023

Piso dos benefícios previdenciários está previsto em R$ 1.302, mesmo valor do salário mínimo, sem reajuste real

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São Paulo

O teto das aposentadorias e demais benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) pode subir dos atuais R$ 7.087,22 para R$ 7.612,38 em 2023, conforme previsão de inflação para este ano -7,41%-, que consta no Orçamento de 2023, protocolado no Congresso nesta quarta-feira (31).

Na peça orçamentária, o governo prevê que o salário mínimo será de R$ 1.302, mesmo valor a ser pago a segurados que recebem o piso dos benefícios previdenciários, incluindo aposentadorias, pensões, auxílios e o BPC (Benefício de Prestação Continuada) pago a pessoas com deficiência e idosos com renda de até um quarto do salário mínimo por pessoa da família.

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Governo prevê salário mínimo em R$ 1.302 em 2023; aposentadorias podem subir 4,86%, segundo previsão orçamentária - Gabriel Cabral/Folhapress

O reajuste oficial, porém, só será conhecido em janeiro de 2023, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgar a inflação final deste ano. Os benefícios da Previdência Social são corrigidos com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior. Em 2022, o reajuste final foi divulgado pelo governo somente no dia 20 de janeiro.

Para este ano, o governo está prevendo uma inflação de 7,41%. Embora economistas acreditem em queda do índice, a previsão para a alta de preços não mudou entre a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e a Lei Orçamentária.

Em 12 meses até julho deste ano, o INPC está em 10,12%, segundo o IBGE. Em julho, o índice teve deflação de 0,60% na comparação com maio, puxado pela queda dos combustíveis após o corte do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

A variação do INPC, que é a inflação das famílias de menor renda, foi a menor desde o início da série histórica, que passou a valer em abril de 1979.

Veja para quanto pode ir a aposentadoria em 2023

Valor do benefício em 2022 (em R$) Para quanto pode ir em 2023 (em R$)
1.212 1.302
1.300 1.396
1.400 1.504
1.500 1.611
1.600 1.719
1.700 1.826
1.800 1.933
1.900 2.041
2.000 2.148
2.100 2.256
2.200 2.363
2.300 2.470
2.400 2.578
2.500 2.685
2.600 2.793
2.700 2.900
2.800 3.007
2.900 3.115
3.000 3.222
3.100 3.330
3.200 3.437
3.300 3.545
3.400 3.652
3.500 3.759
3.600 3.867
3.700 3.974
3.800 4.082
3.900 4.189
4.000 4.296
4.100 4.404
4.200 4.511
4.300 4.619
4.400 4.726
4.500 4.833
4.600 4.941
4.700 5.048
4.800 5.156
4.900 5.263
5.000 5.371
5.100 5.478
5.200 5.585
5.300 5.693
5.400 5.800
5.500 5.908
5.600 6.015
5.700 6.122
5.800 6.230
5.900 6.337
6.000 6.445
6.100 6.552
6.200 6.659
6.300 6.767
6.400 6.874
6.500 6.982
6.600 7.089
6.700 7.196
6.800 7.304
6.900 7.411
7.000 7.519
7.087,22 7.612,38

Piso dos benefícios segue sem reajuste real

Assim como o salário mínimo, o piso dos benefícios previdenciários segue sem reajuste real -acima da inflação- desde 2019. Naquele ano, o governo subiu o mínimo com base em uma previsão de inflação maior. Ao final, o índice foi menor do que o esperado, mas não havia como corrigir para baixo o valor que já estava sendo aplicado no país.

O mínimo proposto pelo governo representa R$ 90 a mais em relação ao piso atual, de R$ 1.212, e também está R$ 8 acima dos R$ 1.294 inicialmente previstos em abril deste ano.

A política de valorização do salário mínimo, que leva em consideração a inflação do ano anterior mais o PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes teve validade no país entre os anos de 2006 e 2019.

O reajuste acima da inflação foi implantado por Lula e transformado em lei por Dilma Rousseff, com validade somente até 2019. O governo Bolsonaro acabou com a valorização.

O reajuste real do mínimo foi interrompido na gestão de Michel Temer (PMDB). Segundo a lei, quando não havia crescimento ou quando o PIB era negativo, o índice utilizado na fórmula do mínimo, além da inflação, era zero.

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