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Uber gera caixa pela 1ª vez
A Uber registrou pela primeira vez na sua história um fluxo de caixa trimestral positivo. Isso quer dizer que, de abril a junho, as operações da empresa pararam de queimar caixa.
O resultado, somado às perspectivas positivas da companhia para os próximos meses, fez as ações da Uber encerrarem esta terça (2) com alta de 18,9% na Nasdaq.
Em números: a geração de caixa livre foi de US$ 382 milhões (R$ 1,9 bilhão) no segundo trimestre, acima do que previam os analistas.
- A empresa registrou prejuízo (US$ 2,6 bilhões, ou R$ 13,6 bi), mas o dado foi influenciado por ajustes contábeis diante da queda de valor de suas ações em outras companhias, como a chinesa Didi, dona da 99 no Brasil.
O que explica: a Uber registrou aumento de 31% no número de motoristas e entregadores em sua plataforma, para quase 5 milhões, um recorde. O número de usuários mensais ativos (122 milhões) também foi o maior da história.
- O resultado afastou o temor de analistas de que usuários poderiam sair do app com a alta dos preços dos combustíveis.
- O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, disse que a pressão inflacionária levou mais gente para a plataforma em busca de uma renda extra, citando que 70% dos novos motoristas atribuíram a decisão a esse fator.
- As receitas dos segmentos de entregas e de transportes vieram acima das projeções dos analistas. Em relação ao mesmo período de 2019, antes da pandemia, o número de viagens saltou 12%.
Por que importa: a Uber sempre foi um dos grandes símbolos da "era das startups queimadoras de caixa", que não tratavam o lucro como prioridade e agora enfrentam dificuldades com a alta de juros.
Em 2018, por exemplo, as operações da companhia torraram US$ 2 bilhões (R$ 10,5 bi, na cotação atual).
Vale comprar Petrobras só pelos dividendos?
Depois dos dividendos recordes anunciados pela Petrobras, vale a pena comprar ações da empresa só para embolsar a distribuição de lucros? Analistas ouvidos pela Folha explicam que isso não faz tanto sentido.
Entenda: o montante corresponde a cerca de R$ 6,73 por ação, com a data de corte estabelecida em 11 de agosto. Quem comprar até essa data receberá os dividendos na conta.
- O grande porém é que no dia seguinte, 12 de agosto, o valor das ações será automaticamente descontado pelo valor do dividendo distribuído por ação, ou seja, ficam elas por elas.
- Existe a possibilidade de as ações se valorizarem depois da data de corte, mas também há chance de elas recuarem. Por isso, comprar pensando só no curto prazo acaba sendo mais arriscado.
Sim, mas… Os especialistas ressaltam que isso não quer dizer que as ações da estatal não estejam promissoras para o longo prazo.
- João Frota Salles, da Senso Investimentos, avalia que o baixo custo de extração do petróleo no pré-sal (cerca de US$ 20 o barril) coloca a Petrobras em vantagem em relação a suas concorrentes globais.
- Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, vê a empresa bem posicionada para aproveitar o momento positivo das cotações de petróleo, com balanço operacional saudável.
Incertezas: o que ainda trava o potencial das ações da estatal em relação a suas concorrentes, lembram os analistas, são as possibilidades de interferências políticas. Até o resultado da eleição pode afetar os papéis.
- Salles, da Senso, afirma que uma reeleição de Jair Bolsonaro (PL) coloca uma privatização da Petrobras no radar.
- Se Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltar à Presidência, o analista diz que o direcionamento tende a ser o oposto, com o possível retorno da estratégia de investimentos em áreas que não são prioritárias para o negócio
App atrai fãs do 'Instagram raiz'
Em meio às críticas de que o Instagram está tentando "imitar" o TikTok, um app que remete aos primórdios da rede social de fotos tem atraído cada vez mais usuários. Trata-se do recém-criado BeReal.
Entenda: o app permite apenas uma publicação por dia. Depois de receber uma notificação, o usuário tem dois minutos para postar uma foto –com retratos simultâneos feitos pelas câmeras frontal e traseira. O horário dos avisos varia.
- Esse também é o único jeito de ver o que seus amigos publicaram.
- Fotos superproduzidas e com filtros? Nada disso. O usuário só consegue acessar a câmera pelo próprio aplicativo. Veja mais detalhes aqui.
Instagram não é mais o mesmo? As críticas à rede aumentaram principalmente depois que influencers relevantes na plataforma, como a americana Kylie Jenner, pediram para que ela parasse de tentar imitar o TikTok –febre entre os mais jovens.
- Elas estavam se referindo aos testes feitos pelo Instagram de tela cheia e de recomendação de conteúdos de terceiros, dois pontos fortes do algoritmo chinês.
- A Meta recuou na quinta (28) e disse que ia pausar o teste de tela cheia e aliviar na sugestão de conteúdo de terceiros.
- As reclamações devem só adiar um processo irreversível, escreve Ronaldo Lemos. Leia na coluna desta semana o motivo e as consequências dessa nova tendência.
O que explica? O movimento do Instagram, que havia sido iniciado com a ferramenta de edição de vídeo Reels, é para segurar o usuário por mais tempo na plataforma, um indicador relevante para anunciantes.
Hackers roubam quase R$ 1 bi em criptos
A empresa de criptomoedas norte-americana Nomad sofreu um furto de US$ 190 milhões (quase R$ 1 bilhão), segundo a empresa de análise de criptos PeckShield.
A Nomad disse que estava "ciente do incidente" e estava investigando, sem dar mais detalhes ou o valor do furto. Ela também afirmou que tenta identificar as contas envolvidas e recuperar os recursos.
Entenda: o furto teve como alvo a 'ponte' da Nomad —ferramenta que permite aos usuários transferir tokens entre blockchains. Ela tem se mostrado como uma vulnerabilidade do universo cripto e sido cada vez mais alvo de furtos.
- Mais de US$ 1 bilhão foi roubado de pontes até agora em 2022, de acordo com a empresa de análise de blockchain Elliptic.
- O último grande furto no setor envolveu a plataforma de blockchain Ronin, usada como base pelo popular jogo online Axie Infinity. Em março, hackers roubaram quase US$ 615 milhões em criptomoedas de seus sistemas.
Mais sobre criptos:
Um britânico que jogou fora por engano um HD há quase dez anos, enquanto limpava a casa, agora quer escavar um aterro sanitário para recuperar sua carteira digital com oito mil bitcoins, que valem cerca de R$ 1 bilhão.
A Robinhood, popular plataforma de investimentos em cripto nos EUA, disse nesta terça que está demitindo 23% dos funcionários. A empresa bombou junto com o setor no ano passado, mas vem enfrentando dificuldades com as quedas das cotações em 2022.
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