Descrição de chapéu Aeroin aeroportos

Conheça os novos bichinhos que vão trabalhar no Aeroporto de Brasília

Integrantes da Equipe de Fauna ajudam a afugentar pássaros das pistas de pouso e decolagem

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Murilo Basseto
Aeroin

A concessionária Inframerica informou nesta quinta-feira (1º) que o Aeroporto de Brasília acaba de ganhar dois novos "funcionários": o Zeca, um cão da raça Border Collie, 4, e o Tupã, um gavião-asa-de-telha, 9.

Os animais passam a integrar a Equipe de Fauna da administradora do terminal brasiliense, onde trabalharão no pátio de aeronaves ajudando a afugentar pássaros e outros animais invasores das áreas próximas às pistas de pousos e decolagens do terminal.

O gerenciamento do risco da fauna é um trabalho exercido pela equipe de Meio Ambiente da concessionária, que trabalha para remover atrativos para a área do aeroporto e afugentar e capturar animais que adentram o sítio aeroportuário para manter as operações seguras.

Cão branco com manchas pretas e gavião marrom
Zeca, o cão da raça Border Collie, de 4 anos, e Tupã, gavião-asa-de-telha, de 9 anos. - AeroportoBSB no Twitter

Animais que eventualmente são capturados são soltos na natureza, em área distante do Aeroporto de Brasília.

Desde que assumiu a administração do Terminal, a Inframerica afirma realizar o gerenciamento de fauna em todo o aeródromo e monitora a ASA (Área de Segurança Aeroportuária).

O uso de cães e gaviões em aeroportos para o manejo de fauna nas áreas operacionais não é uma novidade. A prática já é adotada em outros aeroportos brasileiros e também fora do país.

"O Zeca é um cachorrinho extremamente obediente, educado, de linhagem indicada para a prática da atividade por aprender comandos complexos", explica Anelize Scavassa, líder de Fauna, responsável pelo cão.

Zeca foi submetido a testes, afugentando as aves que pousavam na área operacional no Aeroporto de Brasília, onde seu desempenho e adaptação ao trabalho foram observados de perto.

"Sou apaixonada por animais, por isso sou bióloga. O [gavião] Tupã foi treinado e exercitado para a tarefa. Trabalho para que ele esteja no peso ideal para apenas afugentar as aves, não capturar. Os dois serão de grande ajuda no nosso trabalho no aeroporto", conta a especialista.

Segundo Anelize, a escolha do uso de dois predadores para o afugentamento das aves é muito promissora. "As aves, com o tempo, se acostumam a ações corriqueiras de afugentamento tradicionais como viatura, buzina, sirenes, etc. Já os predadores naturais causam medo inato nas aves, que não se acostumam com a presença dos animais e começam a evitar o local pelo risco aparente de predação", diz.

De acordo com a especialista, Zeca já é um cão completamente treinado, obedecendo de imediato todos os comandos. "Após muitos testes com as pistas fechadas, agora conseguimos trabalhar com eles nas margens das pistas de pousos e decolagens e, só com os comandos, conseguimos garantir que eles não acessem a área de movimentação", afirma. "Eles não ficam soltos, sempre há um condutor treinado acompanhando os animais."

O comportamento dos bichos e de toda a vegetação da região são estudados ano a ano pela equipe para diminuir os atrativos na área. A limpeza e o manuseio dos resíduos do terminal também são importantes para não permitir que animais se aproximarem de áreas sensíveis.

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