Datafolha: 53% dizem que Lula tem mais chance de manter Auxílio Brasil de R$ 600

37% dos beneficiários acham que manutenção do valor é mais provável com Bolsonaro

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São Paulo

O ex-presidente Lula (PT) é o candidato com mais chances de manter o valor do Auxílio Brasil em R$ 600 no ano que vem para a maior parte das pessoas que recebem o benefício, segundo pesquisa Datafolha.

Para 53% dos beneficiários entrevistados, o valor atual tem mais possibilidades de ser mantido com a eleição de Lula. O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi citado por 37% como o candidato mais propenso a dar continuidade ao pagamento de R$ 600.

Fila para entrar em uma agência da Caixa Econômica Federal na avenida Sapopemba, zona leste de São Paulo, em dia de pagamento do Auxílio Brasil
Fila para entrar em uma agência da Caixa Econômica Federal na avenida Sapopemba, zona leste de São Paulo, em dia de pagamento do Auxílio Brasil - Rivaldo Gomes - 9.ago.2022/Folhapress

Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) aparecem com 1% cada. Os demais candidatos, somados, também atingiram 1%.

Para 2% dos beneficiários do Auxílio Brasil, nenhum dos concorrentes ao Planalto manterá os pagamentos de R$ 600 em 2023. Aqueles que não opinaram somam 5% dos entrevistados.

Principal aposta do governo Bolsonaro em busca da reeleição, o Auxílio Brasil de R$ 600 começou a ser pago em agosto. O acréscimo de R$ 200, sobre o valor de R$ 400, tem validade somente até dezembro deste ano.

No Orçamento de 2023, existe apenas a previsão para a correção pela inflação do valor anterior ao acréscimo. O atual governo prevê que o benefício deverá ser de R$ 405 por família no próximo ano.

Quando considerados todos os entrevistados pelo Datafolha, beneficiários ou não do Auxílio Brasil, há um estreitamento na diferença entre Lula e Bolsonaro quanto à expectativa sobre qual deles está mais inclinado a continuar pagando o acréscimo.

Para 45%, Lula é o presidenciável com mais chance de manter o pagamento de R$ 600 no próximo ano. Bolsonaro surge com 40% como o favorito para prolongar o valor atual. Ciro Gomes é citado por 2% e Simone Tebet, por 1%. Outros candidatos, quando agregados, aparecem com 1%.

Para 4% dos entrevistados, nenhum dos concorrentes permitirá que o programa seja continuado com o adicional de R$ 200 por família, enquanto 7% não opinaram.

8 entre 10 eleitores dizem que valor de R$ 600 deveria ser mantido

Oito em cada dez eleitores são favoráveis à manutenção do valor do Auxilio Brasil em R$ 600 para o próximo ano, de acordo com o levantamento do instituto.

Para 82% dos entrevistados, independentemente de receberem ou não o benefício, o pagamento com o acessório de R$ 200 deveria ser mantido pelo candidato que vencer a eleição presidencial.

Apenas 8% dos eleitores disseram que o benefício precisaria voltar a ser de R$ 400. Para 3%, ele deveria acabar. Outros 2% defenderam valores superiores a R$ 600. Do total, 4% não opinaram.

Considerando apenas as respostas de membros de famílias beneficiadas pelo Auxílio Brasil, o apoio à manutenção dos R$ 600 sobe para 90%. Para 5% desse grupo, porém, o futuro presidente deveria voltar a pagar os R$ 400 em 2023.

A necessidade de ampliação do valor foi citada por 1% dos entrevistados. Também somaram 1% aqueles que, mesmo sendo beneficiários, defendem o fim do programa.

Eleitores de Lula e Bolsonaro são majoritariamente favoráveis à continuidade dos pagamentos com o acréscimo.

Entre aqueles que pretendem votar no petista, 84% querem a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600. Nas respostas de eleitores bolsonaristas, 81% também apoiaram a permanência do valor.

O início do pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600, porém, segue sem representar vantagem para Bolsonaro sobre Lula entre os beneficiários do programa.

Considerando essa parcela dos eleitores, o candidato à reeleição obteve 29% das intenções de votos, na atual pesquisa, contra 28% nos dois levantamentos anteriores, realizados de 16 a 18 de agosto e entre 30 de agosto e 1º de setembro. A oscilação está dentro da margem de erro.

Lula manteve os mesmos 56% de intenção de voto em relação às duas pesquisas anteriores, também considerando eleitores de famílias beneficiadas pelo programa de distribuição de renda.

Ciro Gomes apareceu com 4%. Antes, tinha 7%. Simone Tebet ficou com 3%, contra 2% na pesquisa que antecedeu a atual.

26% das famílias recebem o benefício

O Datafolha perguntou quais benefícios sociais do governo federal os entrevistados recebem e o Auxílio Brasil apareceu como o mais comum, quando comparado ao Vale-Gás e aos auxílios para caminhoneiros e taxistas.

Na comparação com a pesquisa da semana passada, os índices de beneficiários ficaram estáveis, com 26% declarando receber diretamente ou morar com alguém que recebe o Auxílio Brasil. Antes, eram 24%.

Declararam receber ou morar com algum beneficiário do Vale-Gás 8% dos eleitores, ligeiramente abaixo dos 9% da consulta anterior.

No caso do Auxílio Caminhoneiro, 1% declarou ser beneficiário ou residir com alguém que recebe o pagamento. Esse percentual não mudou em relação à última pesquisa.

O Auxílio Taxista foi citado, mas não alcançou 1% das menções.

Mulheres são maioria entre as pessoas que recebem o Auxílio Brasil. Elas representam 29% do público entrevistado. Os homens são 23%.

Daqueles que não recebem o Auxílio Brasil, 18% estão no Cadastro Único do governo federal. Antes, esse grupo representava 16%.

O instituto Datafolha realizou 2.676 entrevistas presenciais em 191 municípios, com eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do país, entre quinta (8) e sexta-feira (9).

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa, contratada pela Folha e TV Globo, foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-07422/2022.

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