Descrição de chapéu Eleições 2022

Naji Nahas avalia Bolsonaro com mais força no segundo turno

Há mais de cinco décadas no país, investidor considera inédita a polarização entre esquerda e direita

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Brasília

O megainvestidor Naji Nahas (74) avalia que o resultado do primeiro turno da eleição presidencial mostra que o presidente Jair Bolsonaro (PL) sai fortalecido rumo ao segundo turno.

"Demonstrou uma força surpreendente. Acho que o Bolsonaro é favorito", diz Nahas, figura emblemática do mercado financeiro do Brasil, conhecido pelo episódio da quebra da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Ele foi inocentado das acusações de manipulação do mercado que culminaram no caso.

Empresário libanês Naji Nahas, radicado no Brasil desde 1969
Empresário libanês Naji Nahas, radicado no Brasil desde 1969 - Zanone Fraissat - 2.dez.2019/Folhapress

Estabelecido no país há mais de cinco décadas, o empresário de origem libanesa frequenta o Palácio do Planalto desde então, sempre com grande interlocução com os integrantes do governo federal e do Congresso.

"Nunca vi um país tão dividido", disse Nahas à Folha. "É a primeira vez que o país sai das urnas tão polarizado entre direita e esquerda."

Para ele, a liderança de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo pode fortalecer ainda mais o palanque para Bolsonaro no estado, que em sua avaliação foi o que mais surpreendeu nas urnas.

Para Nahas, Bolsonaro conseguiu até fortalecer sua base no Congresso, particularmente no Senado.

"Só não entendi o Rodrigo Garcia [PSDB] ter o resultado que teve com a máquina na mão, e Onyx [Lorenzoni, ex-ministro de Bolsonaro] ter mais votos que o Eduardo Leite [no Rio Grande do Sul]."

O megainvestidor considera que esse movimento pode ser explicado pelo enfraquecimento do PSDB, que sofreu disputas internas na definição de um possível candidato à Presidência, pela pulverização de votos promovida por Ciro Gomes (PDT-CE) e Simone Tebet (MDB-MS).

Nahas avalia ainda que o próximo presidente terá um cenário mais favorável na economia.

"Seja Lula ou Bolsonaro, a conjuntura internacional favorece o Brasil com a guerra na Ucrânia, inflação e juros elevados na Europa e nos EUA. O país, com o agronegócio, a produção de petróleo e energia, pode dar um salto se for bem gerido."

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