Descrição de chapéu Eleições 2022

Resultado apertado e alianças nos estados favorecem Bolsonaro, diz banqueiro

Ricardo Lacerda, do BR Partners, vê segundo turno acirrado como positivo para os mercados

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São Paulo

A perspectiva de um segundo turno acirrado entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) é positiva para os mercados porque levará a uma convergência ao centro, na opinião de Ricardo Lacerda, sócio-fundador do banco de investimento BR Partners.

O cenário que se forma a partir do resultado do primeiro turno neste domingo (2), na opinião do banqueiro, também pode favorecer uma vitória bolsonarista.

Ricardo Lacerda, fundador do banco BR Partners - Bruno Santos/Folhapress

"Lula vai precisar fazer concessões reais ao centro, se quiser vencer. O resultado inesperadamente apertado a nível federal e a composição de alianças nos estados passa a favorecer a reeleição do presidente", diz Lacerda.

Com quase 100% das urnas apuradas, o petista marcava 48,39%, ante 43,23% de Bolsonaro, que registrou um desempenho superior ao que previam as pesquisas encerradas na véspera, comandando uma onda de bons resultados de seus aliados nos estados.

Viu reeleitos parceiros em Minas e Rio e seu indicado chegar ao segundo turno com o PT em São Paulo, para ficar nos três maiores colégios do país. Já Lula terá de modular sua campanha, baseada até aqui no apelo aos mais pobres, metade do eleitorado, em detrimento à classe média que parece ter se mobilizado em torno do presidente como em 2018.

Assim, a campanha eleitoral será reordenada e, provavelmente, a agressividade vista no debate presidencial da TV Globo na última quinta (29) poderá ganhar novos patamares. A realização do segundo turno mostra que ambos os times rivais esgotaram o arsenal utilizado até aqui.

João Camargo, presidente do grupo de empresários Esfera Brasil, porém, viu no resultado do segundo turno um terreno aberto para que os dois entreguem mais detalhes de suas propostas.

Segundo ele, trata-se de um novo jogo que começa com placar zerado para ambos os lados. "Quem ganha são os brasileiros, pois os candidatos vão ter que apresentar mais detalhadamente os pontos de seus programas", afirma.

O grupo Esfera organizou encontros entre os presidenciáveis e empresários. O mais recente foi com Lula, que reuniu o maior número de participantes.

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