Chefe do TikTok será ouvido pelo Congresso dos EUA em meio a pressão sobre app

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CEO do TikTok irá testemunhar ao Congresso dos EUA

A batalha entre políticos americanos e o TikTok deve continuar acirrada nos próximos meses.

Em março, o CEO do app chinês, Shou Zi Chew, deve ser ouvido em um comitê do Congresso, segundo o Wall Street Journal, em meio a um cerco das autoridades dos EUA contra a popular plataforma.

Entenda: a decisão do chefe do TikTok acontece enquanto o app enfrenta a maior pressão regulatória desde 2020, quando o ex-presidente Donald Trump tentou bani-lo do país, mas acabou perdendo uma série de batalhas judiciais sobre a medida.

Desta vez, a pressão vem dos parlamentares e até de prestigiadas universidades dos EUA, que barraram o app de suas redes Wi-Fi.

  • Começa a valer em 27 de fevereiro uma lei aprovada pelo Congresso em dezembro que proíbe os servidores federais de acessarem o TikTok em celulares do governo. A mesma medida foi adotada por cerca de 28 estados do país.

A justificativa dos projetos é a mesma: temores de que o aplicativo seja usado para espionar cidadãos americanos e colocar em risco a segurança nacional.

CEO do TikTok, Shou Chew fala em evento do jornal New York Times
CEO do TikTok, Shou Chew fala em evento do jornal New York Times - Michael M. Santiago / Getty Images via AFP

Em números: o TikTok acumula mais de 100 milhões de usuários nos EUA e é acessado por dois a cada três adolescentes no país, que usam o app cada vez mais como um substituto do Google.

Para tentar reverter a animosidade com as autoridades, a ByteDance vem tomando algumas medidas.

  • A principal delas foi o acordo fechado no meio do ano passado com a americana Oracle, que ficou responsável por armazenar nos seus servidores os dados dos usuários do país.
  • O TikTok vem afirmando que nunca compartilhou dados de usuários americanos com o governo chinês e que não o faria se fosse solicitado.

Ações da Natura&Co disparam

As ações da Natura&Co chegaram a disparar 15% nesta segunda antes de fechar o dia em alta de 5,5%, com os investidores reagindo à notícia da agência Bloomberg de que a marca de cosméticos de luxo Aesop, controlada pela brasileira, atraiu o interesse de empresas como LVMH e L'Oréal.

A oferta, que poderia envolver a compra parcial ou total da Aesop, avaliaria a marca em ao menos US$ 2 bilhões, segundo a agência. Além das duas gigantes do setor, o grupo japonês Shiseido também estaria estudando uma possível oferta.

Relembre: a Natura informou ao mercado em novembro que avaliava vender uma participação minoritária na Aesop e que seu conselho de administração também estudava um possível IPO (oferta inicial de ações) ou cisão da marca australiana de produtos premium para pele e cabelo.

  • Na visão de consultores e analistas de mercado, a companhia ficou grande demais depois de aquisições.
  • A Aesop foi a primeira grande marca a entrar sob o guarda-chuva da Natura, em 2013. Em 2017, a companhia adquiriu a britânica The Body Shop, e em 2019, a americana Avon.

Ainda na Bolsa, destaque para o tombo de duas ações:

  • Os papéis de CVC despencaram 14,5% depois de a empresa anunciar que desistiu da compra da startup Ōner Travel.

O novo golpe do Prilex

O grupo de cibercriminosos brasileiros Prilex, que está por trás de diversos golpes bancários, lançou um malware (programa malicioso) capaz de bloquear pagamentos por aproximação.

  • O objetivo é forçar o consumidor a inserir o cartão na maquininha, para que então a fraude aconteça. A ameaça foi divulgada pela Kaspersky nesta terça.
  • Segundo a empresa de cibersegurança, é a primeira vez no mundo que uma gangue consegue dar um nó na compra por aproximação, considerada mais segura.

Como funciona: quando há uma tentativa de pagamento por proximidade, a máquina infectada exibe a mensagem "ERRO APROXIMACAO (sic) INSIRA O CARTAO (sic)".

  • Depois que o cartão é inserido na máquina, as possibilidades de fraudes aumentam, como acontece no golpe da compra fantasma, aquele que desvia o dinheiro da compra sem que a loja e o cliente percebam.

Quem é o Prilex: o grupo brasileiro é especializado em fraudes –está por trás também dos golpes em caixas automáticos–, ocupando um vácuo deixado pelas principais gangues do mundo, que priorizam ataques de ransomware (bloqueio de informações mediante resgate), tidos como ainda mais lucrativas.

  • A atuação do Prilex é rastreada pelo menos desde 2014 e já chegou a América do Norte e Europa.

O custo do desmatamento

Zerar o desmatamento na Amazônia e no cerrado até 2030, como o Brasil se propõe a fazer, pode gerar um ganho de até US$ 240 bilhões (R$ 1,2 trilhão) para o PIB mundial.

Os cálculos são de Bráulio Borges, pesquisador do FGV Ibre e economista sênior da LCA Consultores.

Entenda: o levantamento envolve a estimativa dos impactos causados pelas mudanças climáticas, como danos causados à saúde humana e ao meio ambiente, e os custos para remediá-los. A lógica é chamada de CSC (Custo Social do Carbono).

  • Um menor aquecimento global, por exemplo, significaria desde menos gastos com energia para ar-condicionado até uma elevação menor do nível dos oceanos.

Em números: de 2019 a 2022, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), quando as emissões de carbono cresceram, a perda estimada para o PIB mundial foi de US$ 201 bilhões (cerca de R$ 1,02 trilhão) na comparação com a tendência em 2018.


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