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Inflação nos EUA desacelera pouco em janeiro

Índice de preços ao consumidor subiu 0,5% no mês passado, após alta de 0,1% em dezembro

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Lucia Mutikani
Washington | Reuters

A inflação americana teve o menor aumento anual em janeiro desde o final de 2021, apontando para uma desaceleração contínua dos preços, segundo dados divulgados nesta terça (14). Para analistas, o resultado indica uma manutenção da atual trajetória de alta moderada dos juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano).

Nos 12 meses até janeiro, o índice subiu 6,4%. Esse foi o menor ganho anual desde outubro de 2021 e mostrou desaceleração ante o aumento de 6,5% em dezembro. O índice anual atingiu um pico de 9,1% em junho, o maior resultado desde novembro de 1981.

Jerome Powell, presidente do Fed, em coletiva de imprensa em Washington - Jonathan Ernst - 1º.fev.2023/Reuters

Na comparação mensal, o índice de preços ao consumidor aumentou 0,5% em janeiro, após alta de 0,1% em dezembro, informou o Departamento do Trabalho. A inflação foi impulsionada em parte pelo aumento dos preços da gasolina, que subiram 3,6% em janeiro, segundo dados da Administração de Informação de Energia dos EUA.

Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,5%. Grande parte da pesquisa foi realizada antes que o Departamento do Trabalho publicasse revisões anuais dos dados do índice ajustados sazonalmente na sexta-feira (10). O departamento também atualizou os fatores de ajuste sazonal, o modelo que ele usa para eliminar as flutuações sazonais dos dados.

Os pesos de gastos usados para calcular o índice também foram atualizados com o relatório de janeiro. Os novos pesos refletem os gastos do consumidor em 2021.

A participação da habitação no índice agora aumentou, mas os pesos de transporte e alimentação foram reduzidos. As revisões, fatores sazonais atualizados e novos pesos levaram alguns economistas a aumentar suas previsões para o dado de índice de preços ao consumidor.

No entanto, a inflação está desacelerando, o que permite ao Fed continuar com seu ritmo moderado de alta de juros no próximo mês.

A moderação nas pressões sobre preços reflete uma política monetária mais restritiva, que está pesando sobre a demanda, bem como melhores cadeias de suprimentos. Mas vai demorar um pouco até que a inflação volte para a meta de 2% do Fed por causa dos aluguéis salgados e um mercado de trabalho apertado, que estão mantendo os preços dos serviços elevados.

O banco central norte-americano elevou sua taxa de juros em 450 pontos-base desde março passado, de quase zero para uma faixa de 4,50% a 4,75%, com a maior parte dos aumentos entre maio e dezembro. Economistas acreditam que o Fed pode elevar essa taxa acima do pico de 5,1% projetado em dezembro e mantê-la alta por algum tempo.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice de preços ao consumidor aumentou 0,4%, após alta semelhante em dezembro. Nos 12 meses encerrados em janeiro, o chamado núcleo do índice de preços ao consumidor subiu 5,6%, após alta de 5,7% em dezembro.

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