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08/06/2010 - 10h04

Parlamento suíço rejeita acordo com os EUA para salvar banco UBS

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DA EFE, EM GENEBRA

A Câmara Baixa do Parlamento suíço rejeitou nesta terça-feira, pela maioria, um acordo de cooperação administrativa pelo qual a Suíça transmitiria aos Estados Unidos os dados bancários de milhares de clientes do banco UBS, suspeitos de fraude fiscal.

São informações relativas às contas de 4.450 clientes da UBS, cuja filial americana permitiu aos gerentes realizar manobras para esconder do fisco certos depósitos. Os EUA acusam o UBS de ter ajudado norte-americanos a esconderem quase US$ 20 bilhões em contas secretas.

O acordo extrajudicial de cooperação foi concluído em agosto de 2009 entre Berna e Washington como forma de colocar fim ao conflito entre o banco suíço e o fisco americano.

O Conselho Nacional (câmara baixa) suíço rejeitou hoje o acordo por 104 votos contra, 76 a favor e 16 abstenções.

Por isso, o texto deve retornar ao Conselho dos Estados (câmara alta), onde tinha sido amplamente aprovado há semanas.

A Câmara baixa também decidiu hoje submeter o acordo a um referendo, algo que já expressaram rejeição governo suíço e câmara alta do legislativo.

Se em três meses forem reunidas 50 mil assinaturas, o texto poderá ser submetido ao voto popular.

Evasão de divisas

Os EUA concordaram em 19 de agosto de 2009 a retirar acusações de evasão de divisas contra o UBS, depois que a Suíça prometeu liberar para autoridades norte-americanas detalhes das contas de 4.450 clientes do banco nos Estados Unidos, rompendo com as leis suíças de segredo bancário.

Mas um tribunal suíço bloqueou em janeiro a transferência dos dados, forçando o governo do país a buscar uma medida no legislativo que permitisse a liberação das informações dos clientes do UBS ao governo dos EUA.

"O governo está convencido de que o acordo é a única maneira de encerrar o caso com o UBS, o que nos manteve ocupados por algum tempo, e evitar danos que poderiam ser consideráveis à economia da Suíça", disse a ministra suíça da Justiça, Eveline Widmer-Schlumpf, antes da votação no Senado.

 

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