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Sul-coreana Posco formaliza parceria com Vale em siderúrgica no Ceará
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DA REUTERS
A sul-coreana Posco assinou nesta quinta-feira memorando de entendimento com a Vale e a Dongkuk para construção de uma siderúrgica no Ceará de US$ 4 bilhões. A maior siderúrgica da Coeria do Sul aderiu ao projeto em julho e terá uma participação de 20%.
A Vale e a também sul-coreana Dongkuk possuem 50% e 30% do projeto, respectivamente, e a expectativa é de que a usina de 3 milhões de toneladas de placas de aço entre em operação em 2014. O acordo de acionistas deverá ser assinado no início de 2011.
"A entrada deste novo sócio agrega ainda mais valor, pois contaremos com a tecnologia e experiência operacional da Posco em usinas siderúrgicas integradas de grande porte", avalia Aristides Corbellini, diretor de siderurgia da Vale em um comunicado.
A CSP (Companhia Siderúrgica de Pecém) será uma usina integrada e terá capacidade de produção de 3 milhões de toneladas de placas de aço para exportação, podendo chegar a 6 milhões numa segunda fase.
A obra está na fase de terraplenagem e foi iniciada em 16 de dezembro de 2009. A previsão é de que o projeto entre em operação em 2014.
A Vale tem estimulado a construção de siderúrgicas no Brasil por grupos estrangeiros com o objetivo de valorizar o seu minério de ferro. Inicialmente a companhia teria apenas participações minoritárias no setor, mas decidiu assumir uma posição maior nas unidades para viabilizar os projetos.
Além da CSP, a Vale está construindo sozinha uma siderúrgica no Espírito Santo, a Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU), para produzir 5 milhões de toneladas a partir de 2014.
A mineradora também possui uma parceria com a alemã Thyssen na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Estado do Rio de Janeiro, que já está em operação e tem capacidade para 5 milhões de toneladas.
A Vale prevê ainda iniciar em 2013 as operações de uma usina no Pará, a Alpa, em Marabá, com capacidade para 2 milhões de toneladas e investimento de R$ 5 bilhões.
Ao todo, os quatro projetos siderúrgicos da Vale vão significar investimentos de US$ 21 bilhões e vão agregar ao parque siderúrgico brasileiro 18,5 milhões de toneladas de aço por ano. Em 2009, o país produziu 42,1 milhões de toneladas de aço bruto, segundo o Instituto Aço Brasil.
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