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01/12/2010 - 09h15

Espanha acaba com subsídio para desempregado e anuncia medidas econômicas

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DA FRANCE PRESSE, EM MADRI

O chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciou nesta quarta-feira um pacote de medidas para enfrentar a crise que incluem a eliminação do subsídio mínimo por desemprego e a adoção de ajudas às pequenas e médias empresas ('pymes').

"O governo vai adotar na próxima sexta-feira um pacote de medidas para favorecer o investimento econômico e o emprego, que vão favorecer especialmente as 'pymes', pequenas e médias empresas muito afetadas pela crise", afirmou.

Madri acusa Merkel de aumentar turbulências dos mercados
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O subsídio mínimo por desemprego de 426 euros (US$ 556,57) mensais aprovado durante a crise para aqueles que esgotaram a possibilidade de receber o seguro-desemprego, que tem duração máxima de dois anos, não estará mais em vigor, segundo o premiê socialista.

A Espanha registra um índice de desemprego de quase 20%.

Além disso, Zapatero também anunciou reduções de impostos para as pequenas e médias empresas, assim como a ampliação do conceito de pequena empresa, o que deve "beneficiar 40 mil pymes", e a "redução de prazos, custos e obstáculos para criar uma empresa".

Zapatero também anunciou entre as medidas a privatização parcial da gestão aeroportuária e da agência estatal de loteria.

"Vamos privatizar 30% da sociedade estatal de Loterias e Apostas do Estado que será criada", disse.

"Vamos permitir a entrada na gestão dos aeroportos e na prestação dos serviços aeroportuários de 49% de capital privado", completou.

MERKEL

A ministra da Economia da Espanha, Elena Salgado, acusou veladamente a premiê da Alemanha Angela Merkel de aumentar as turbulências dos mercados, em referência às declarações da chanceler, que encarecem os títulos da dívida emitida pela Espanha.

"Seria muito fácil relacionar as datas nas quais se agrava a volatilidade no mercado com algumas declarações públicas feitas no âmbito europeu", declarou Elena Salgado na terça-feira segundo a imprensa espanhola.

A ministra espanhola defendeu uma "coordenação maior na zona euro" e que se "evitem as declarações extemporâneas".

Segundo a imprensa espanhola, a afirmação foi uma clara referência às declarações feitas por Merkel em 24 de novembro, que ante os deputados alemães propôs a instauração de um mecanismo anticrise permanente que envolva os investidores privados.

Os índices dos títulos emitidos pelo Estado espanhol aumentaram nos últimos dias, alcançando na terça-feira o maior nível histórico na comparação com os índices de referência alemães a 10 anos, o que aumenta o custo das novas emissões da dívida da Espanha.

 

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