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13/01/2011 - 13h12

Morales volta a defender fim do subsídio a combustíveis na Bolívia

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DA ANSA, EM LA PAZ

O presidente da Bolívia, Evo Morales, reiterou que é "essencial" eliminar o subsídio aos combustíveis para evitar um colapso econômico no país.

De acordo com o mandatário, caso isso não seja feito, a empresa estatal "não pode suportar o prejuízo".

Morales explicou que, "assim como o gás nos dá dinheiro, a gasolina e o diesel também poderiam dar dinheiro para continuar melhorando a economia".

O presidente comentou que a estatal tem "planos de exportação e exploração" para refinar o petróleo, mas insistiu que, "nessas condições, nenhuma empresa pode suportar o prejuízo".

O subsídio mantém em US$ 27,50 o preço interno do barril de petróleo, sendo que no mercado mundial o valor é de quase US$ 90, o que faz com que o preço do litro da gasolina especial na Bolívia seja de US$ 0,45.

O presidente boliviano também voltou a criticar os setores sociais que se mobilizaram em todo o país para obrigar o governo a revogar, em 31 de dezembro, um decreto promulgado cinco dias antes que elevava em quase 80% o preço da gasolina e do diesel, chamado de "gasolinaço".

Um dia após a promulgação do decreto, movimentos sociais e centrais sindicais realizaram manifestações nas principais cidades do país e os trabalhadores do setor de transporte público paralisaram suas atividades em nível urbano e interurbano. As medidas foram suspensas após o governo voltar atrás com o aumento.

Morales reiterou que "não é a equipe econômica" a responsável pela proposta de aumento dos combustíveis. "Eu sou o responsável. Aqui, não se deve jogar a culpa ao vice-presidente, ao ministro da Economia e à equipe econômica", enfatizou Morales.

Apontando que o país perdeu cerca de US$ 308 milhões no ano passado com o contrabando de combustível, o mandatário disse ainda que, "nivelar o preço não é só para controlar a corrupção, mas também para garantir investimentos". Ele anunciou que, após 22 de janeiro, quando enviará uma mensagem ao país para comemorar o primeiro ano de seu segundo mandato, continuará visitando os municípios rurais para explicar a necessidade de eliminar o subsídio.

"Será um debate. Todos temos responsabilidade e nós salvamos nossa responsabilidade", expressou o presidente.

 

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