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23/01/2011 - 11h04

Novas cores já ameaçam reinado de carros preto e prata

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ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A empresária Mônica da Cruz, 45, foi à revenda decidida a comprar um Mini Cooper verde. Quando chegou à loja, apaixonou-se pelo azul, com faixa branca e tudo.

Em meio à ditadura do preto e do prata -com variações de cinza-, as cores vibrantes estavam restritas aos nichos, como o de esportivos.

O sucesso de vendas do novo Uno, porém, mostra que as cores podem invadir o segmento dos "populares".

De 96 mil Uno vendidos em 2010, 20% eram vermelhos, 10%, amarelos e 10%, verdes. Preto, prata e cinza representaram apenas 40%, ante 66% da média mundial (veja quadro ao alto).
O gerente de vendas Fabiano Lourenço, 30, foi convencido pela mulher a comprar um Uno amarelo cítrico -ela já havia adquirido o mesmo modelo, mas na cor verde.

"Quando comprei o Uno amarelo, estava indeciso, mas já acostumei a ser observado na rua. Também percebi que sempre acho o carro facilmente no estacionamento do shopping", afirma.

Antônio Carlos Oliveira, diretor da DuPont, conta que de 2009 a 2010 a cor branca teve o maior crescimento do mercado. No Brasil, foi de 10% para 13%, e a verde subiu de 2% para 3%. Já o cinza caiu de 14% para 12% e o preto, de 25% para 24%.

GERAÇÃO Y

A alta está associada aos carros compactos e com apelo aventureiro, como o VW CrossFox, voltado para a geração Y, adepta à mudanças, afirma Oliveira. Além disso, a geração X está em busca de jovialidade e novas tendências. "Mas é bom entender que é uma mudança crescente em ritmo lento."

Para Donizeti Chagas, gerente de tintas automotivas da Basf, a tendência mundial aponta para cores fortes, como o vermelho e o roxo. "As montadoras também estão usando mais o verde e o azul, que remetem à ecologia e à sustentabilidade", diz.

O prata agora recebe pigmentos perolizados e metalizados, que causam novos efeitos com a luz, assim como já ocorreu com o branco.

Aliás, o branco teve o maior crescimento entre os carros de luxo, ainda que remetam a táxis de São Paulo. "Em 2009, a venda de BMW na cor branca era de 15%. No ano passado, subiu para 35% dos modelos", calcula Rodrigo Leite, gerente de vendas da Eurobike, loja da BMW.

Deu branco também na Audi. De 2008 a 2010, a opção por essa cor foi de 5% para 25% dos carros vendidos. Na Mercedes, mais tradicional, preto e prata dominam.

 

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