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Executivo da Heineken 'ensina' a investir em emergentes
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DE SÃO PAULO
Executivos de Davos se reuniram em um café da manhã para ouvir conselhos do presidente-executivo da Heineken, Jean-François van Boxmeer, sobre os caminhos para atuar nos mercados emergentes, informou o "New York Times".
Para o veterano da administração, o segredo para avaliar os mercados emergentes segue uma fórmula: crescimento populacional, multiplicado por crescimento econômico e por estabilidade política.
Ao considerar a receita, Boxmeer considerou a Nigéria como um país mais seguro do que a Grécia. "Ao menos para um produtor de cerveja", indicou. "A Nigéria é mais previsível do que a Grécia. Estou falando em relação aos negócios".
Boxmeer sugeriu que o sucesso em mercados emergentes significa quebrar regras, como por exemplo, delegar a essas unidades bastante autonomia. "O poder é mais difuso. Você tem de tolerar egos mais fortes nos mercados emergentes", aconselhou.
A empresa, que adquiriu 30 cervejarias em países emergentes na última década e montou negócios como Tunísia e África do Sul, envia os seus próprios executivos para assumir unidades estrangeiras, mas exige que eles aprendam a língua local.
Os investidores, segundo ele, devem estar preparados para surpresas. "Nunca funciona como você planejou, mas na maioria dos casos funciona no final", garante.
Ele garante, porém, que os americanos e europeus devem se acostumar com o fluxo de capital contrário: companhias indianas e chinesas investindo em economias avançadas. "É melhor nos acostumarmos".
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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