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14/02/2011 - 21h12

União entre Shell e Cosan usará a marca Raízen

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TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO

A joint venture entre Cosan e Shell ganhou nome, marca e um plano de ação, um ano após o anúncio de criação da nova empresa. O início das atividades está previsto para o primeiro semestre deste ano.

A Raízen --nome dado à organização formada pela Shell do Brasil e Cosan S.A.-- pretende dobrar a produção de álcool nos próximos cinco anos, dos atuais 2,4 bilhões de litros para 5 bilhões de litros por ano, conforme anunciou ontem o presidente da empresa, Vasco Dias.

A capacidade de processamento de cana, hoje em 62 milhões de toneladas por safra, deve subir para 100 milhões de toneladas no mesmo período. Já a produção de açúcar passará de 4 milhões para 6 milhões de toneladas anuais, segundo Dias.

O valor dos investimentos não foi divulgado e a expansão pode ocorrer por meio de aquisições ou projetos novos, chamados "greenfield".

A empresa também não forneceu detalhes sobre o financiamento do plano de expansão, mas sinalizou que pode emitir "bonds" (títulos de dívida) para se capitalizar.

"O tamanho dessa emissão vai depender do valor das sinergias [economia de custo] que serão criadas a partir da união entre as duas empresas, cálculo que deve sair em cerca de 30 dias", disse Dias à Folha, após coletiva de imprensa.

Ele afirma, porém, que a empresa nasce com uma situação financeira confortável, pois da dívida de US$ 2,5 bilhões com que nasce a nova empresa, a Shell deve aportar US$ 1,6 bilhão. O faturamento da Raízen é estimado em R$ 50 bilhões.

A marca Raízen --nome inspirado na união das palavras raiz e energia-- ficará restrita à comunicação corporativa. Nos postos de serviço, a marca Shell foi escolhida para ficar e a Esso, que pertencia à Cosan, deve desaparecer em 36 meses.

"A credibilidade do nome Shell nos postos é muito importante", afirmou Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Raízen.
Já a marca institucional Cosan continua em outros setores de atuação do grupo.

COMMODITY

Dias repetiu ontem o que executivos do grupo Cosan vêm declarando desde o anúncio da joint venture com a Shell: "O plano é consolidar o etanol de cana como commodity internacional".

Para isso, será usada a força da marca Shell e a influência de uma empresa desse porte em mercados-chave, como Europa e Ásia.

A empresa também planeja elevar a capacidade de geração de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar de 900 MW para 1.300 MW em cinco anos, além de acelerar a produção de etanol de segunda geração.

O objetivo é usar o bagaço e a palha da cana também para produção de álcool.

 

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