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Mercado negocia dólar a R$ 1,82, em baixa de 0,16%, na abertura
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DE SÃO PAULO
O dólar comercial é negociado por R$ 1,826 nas primeiras operações registradas nesta segunda-feira. O valor está 0,16% abaixo da cotação de sexta.
O fato da taxa de câmbio ter oscilado entre R$ 1,74 (na segunda) e R$ 1,96 (na quinta) com poucos dias de diferença dá a ideia exata do nível de instabilidade dos preços na semana passada.
Dólar passa de R$ 1,80 e desafia turistas
Impacto da alta do dólar nos preços e na indústria é incerto
Calote grego destruiria fé na Europa, diz Merkel
Missão do FMI retornará à Grécia nos próximos dias
Diante da disparada dos preços, o Banco Central voltou a atuar no mercado e vendeu dólares (no mercado futuro), quando a cotação se aproximou do patamar de R$ 2.
Para profissionais do setor financeiro, a autoridade monetária sinalizou, dessa forma, um "teto" informal para as cotações, da mesma forma que no passado, quando as taxas de câmbio estavam em queda livre.
A reação do BC não impede, no entanto, que os preços da divisa americana voltem a testar novos patamares nos próximos dias.
VOLATILIDADE
Economistas concordam que a volatilidade dos mercados pode se estender até outubro, pelo menos.
O motivo é que a Grécia continua no olho do furacão. O país mediterrâneo ainda negocia com o FMI e a União Europeia a liberação de novas parcelas do pacote de socorro financeiro acertado no ano passado, enquanto corre contra o relógio, para evitar um possível "default" (suspensão de pagamentos).
É um fato conhecido que essa nação europeia deve ficar sem caixa para saldar seus compromissos financeiros no final do próximo mês. O calote já é visto como uma realidade por muitos especialistas, que já consideram a hipótese de um "calote controlado", em que as perdas dos detentores de títulos gregos seriam amenizadas, de maneira a minimizar os danos do sistema financeiro europeu.
No final de semana, o ministro grego das finanças, Evangelos Venizelos, prometeu reduzir o deficit no orçamento público 'qualquer custo político'. Nos próximos dias, uma missão do FMI deve retornar a esse país para acompanhar o programa de ajuda ao país coordenado pela instituição e pela União Europeia.
E a chanceler alemã Angela Merkel afirmou que confia na avaliação do Fundo de que a dívida grega permanece sustentável. Em uma entrevista a um popular programa da TV alemã, a líder ainda afirmou um calote grego destruiria a confiança dos investidores na zona do euro.
"O que não podemos fazer é destruir a confiança de todos os investidores e termos uma situação onde eles possam dizer que se fizemos isso pela Grécia, faremos também pela Espanha, pela Bélgica ou qualquer outro país. Então, nenhuma pessoa colocaria dinheiro na Europa mais", afirmou, de acordo com a agência Reuters.
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