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29/09/2011 - 18h45

Rebanho de MT vai crescer 18% em dez anos, diz estudo

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RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ

Cuiabá, MT (FolhaNews) - O rebanho bovino de Mato Grosso, hoje o maior do país, deverá crescer 18% nos próximos dez anos, com um aumento de abates superior a 95% no mesmo período.

O número de cabeças, de acordo com o IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), deverá passar das atuais 28,7 milhões para 33,9 milhões.

A estimativa consta do anuário "Caracterização da Bovinocultura de Corte de MT", lançado hoje pela Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de MT).

A perspectiva otimista é amparada tanto em melhorias nas práticas de manejo quanto no uso de tecnologia para aumentar o valor agregado da produção.

A chamada taxa de desfrute (percentual do rebanho que vai para o abate), segundo a estimativa, deverá crescer 4% ao ano até 2021.

"A expectativa da produção pecuária em MT é a melhor possível, pois o rebanho vem aumentando numa área de pastagem cada vez menor", disse o superintendente do Imea, Otávio Celidonio.

"E esse ganho de produtividade só foi possível com o bom momento da produção."

Para ele, os efeitos negativos de medidas como o embargo decretado pela Rússia (iniciado em 15 de junho e que fez despencar as vendas de MT para o exterior) serão minimizados pelo fortalecimento do mercado interno.

"A maior parte da nossa carne ainda é consumida aqui e o Brasil tem um enorme potencial a ser explorado em relação a isso. Além disso, a carne tem outros mercados que podem e já estão sendo procurados", afirmou.

Na produção de aves e suínos, o anuário também prevê um cenário favorável: "Diante do crescimento do abate de bovinos, suínos e aves, a produção de carnes de MT passará dos atuais 1,5 milhão de toneladas para 3 milhões de toneladas", diz o estudo.

ENTRAVES

O aumento previsto na produção depende, segundo o estudo, da conclusão de projetos de infraestrutura em andamento, como a pavimentação da BR-163 (Cuiabá-Santarém).

O presidente da Famato, Rui Prado, criticou o que chamou de "entraves burocráticos legais" e defendeu a aprovação das reformas no Código Florestal.

Segundo ele, é possível sustentar o crescimento do rebanho sem novos desmatamentos. "É possível produzir muito mais simplesmente usando a integração entre agricultura e pecuária e melhorando a condição das pastagens, por exemplo."

 

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