Descrição de chapéu Negócios Plurais instagram

Empreendedoras superam machismo e oferecem carreto voltado a mulheres

Oitavo episódio da série Negócios Plurais conta a história de Nayara Bitencourt e Ana Glória; veja vídeo

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São Paulo

A empreendedora Nayara Bitencourt, 28, não tinha o que fazer com um carro recém-comprado para sua loja de roupas quando a sociedade da empresa se desfez —um ocorrido que acabou dando origem a um novo negócio.

Com o veículo novo e uma dívida para pagar, Nayara teve a ideia de fazer carretos, um serviço que ela mesma sentia dificuldade em contratar quando precisava buscar, para sua loja, roupas arrematadas em leilões, eventos em outras cidades feitos por marcas de varejo para vender peças de coleções passadas.

“Pensei: se eu queria alguém de confiança e não achava, de repente poderia oferecer isso para mulheres. Até porque a mulher prefere contratar outra mulher para se sentir à vontade”, diz Nayara.

Duas mulheres são vistas em um retrato mostrado na tela de um celular segurado por uma mão
Ana Glória (à esq.) e Nayara, responsáveis pelo Carreto das Minas - Gabriel Cabral/Folhapress

A história é tema do oitavo episódio da série Negócios Plurais, sobre empreendedorismo e diversidade, realizada pela Folha em parceria com o Instagram. Toda semana, o jornal publica em seu perfil na rede social relatos em vídeo de empreendedores de todas as regiões do país.

Nayara conheceu em 2017 sua atual companheira e parceira de negócios, Ana Glória, 27. E foi neste ano que o volume de trabalho começou a crescer. Nesta época, a empresa já tinha sido batizada com o nome usado hoje: Carreto das Minas, que tem como clientes mais frequentes mulheres e a comunidade LGBTQIA+.

No início, quando ainda não conseguiam alcançar esse público, as duas eram questionadas se mulheres davam conta de fazer esse tipo de trabalho. “A gente recebia muita mensagem com piadinha, muita indireta: ‘ah, mas são vocês que vão carregar?’”, diz Nayara.

O ponto de virada veio quando as duas postaram uma foto em que apareciam transportando uma geladeira, uma imagem que foi republicada por um perfil com muitos seguidores no Instagram. No fim do dia, o post, que teve mais de 1 milhão de visualizações e 15 mil compartilhamentos, ajudou a criar uma rede de apoiadores que contratam e indicam o negócio —às vezes, mesmo sem ter utilizado, diz Ana Glória.

O maior desafio da gente foi o machismo. Não é nem carregar uma geladeira, nem uma máquina de cem quilos. É o machismo

Nayara Bitencourt

empreendedora

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