A startup Bicha da Justiça nasceu, em 2018, com a proposta de oferecer assessoria jurídica a pessoas LGBTQIA+ de forma mais acessível e descomplicada.
Além de funcionar como um escritório de advogacia virtual, a empresa tem programas de atendimento gratuito patrocinados por companhias parceiras. É o caso do projeto Orgulho do Meu RG, que faz a alteração do nome e do gênero de pessoas trans em situação de vulnerabilidade social.
Casadas desde 2015, a advogada Bruna Andrade, 34, e a administradora Flávia Maria, 44, se inspiraram nas histórias em quadrinhos para escolher o nome da startup. "O que as pessoas LGBTQIA+ fazem todos os dias é um ato heroico. Você sai de manhã e não sabe se vai voltar à noite. Daí veio o insight do nome Bicha da Justiça, que é uma alusão à Liga da Justiça", diz Bruna.
A história é tema do décimo sexto episódio da série Negócios Plurais, sobre empreendedorismo e diversidade, realizada pela Folha em parceria com o Instagram. Toda semana, o jornal publica em seu perfil na rede social relatos em vídeo de empreendedores de todas as regiões do país.
O casal chegou a criar uma outra empresa antes, a Meu Advogado Online, que não deu certo. "Ficamos patinando por dois anos, investindo muito e não tendo retorno", ela conta.
O sucesso só veio quando as duas resolveram se dedicar exclusivamente ao público LGBTQIA+. "No país mais LGBTfóbico do mundo, quem apresenta soluções para combater a LGBTfobia tem mais oportunidades de mercado", afirma a advogada.
Uma questão muito importante para gente que é trabalhar o direito de forma mais lúdica, menos pesada, menos técnica, mais acessível, para a população entender quais são os seus direitos e se empoderar para essa luta
Assista ao episódio:
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