Colunistas expõem desafios a serem enfrentados pela presidente Dilma; ouça

A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) toma posse neste sábado em Brasília. A primeira mulher a ocupar o cargo no país começa com problemas para solucionar, mas em situação mais favorável que seus antecessores.

Abaixo, quatro colunistas da Folha comentam os desafios que a presidente enfrentará em setores-chave do próximo governo, como política externa e trato com a oposição.

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Eliane Cantanhêde fala sobre o papel da oposição nos próximos anos. De acordo com ela, "os partidos deverão se concentrar na questão dos gastos públicos, inclusive contra inchaço da máquina".

A jornalista também comenta os rumos da política externa e diz que Dilma "não será tão falastrona como Lula".

Eliane Cantanhêde

Arquivo Pessoal

Já Fernando Canzian aborda o combate à pobreza no país, grande bandeira do governo Lula e questão pela qual Dilma será cobrada. "Dilma assume um Brasil bem menos desigual do que há dez anos, mas ainda com 30 milhões de pobres e miseráveis".

De acordo com Canzian, "seriam necessários cerca de R$ 30 bilhões por ano para alcançar o fim da pobreza. Obviamente, é o mercado de trabalho terá que fazer maior parte do esforço para erradicar a miséria", diz o colunista.

Fernando Canzian

Divulgação

O jornalista Fernando Rodrigues trata, em sua análise, da relação da presidente eleita com o Congresso Nacional, onde tem maioria. "Dilma começa seu mandato com 17 partidos coligados. É uma grande vantagem, mas também tem algumas dificuldades, como contentar aliados de diferentes tendências e pontos de vista".

De acordo com Rodrigues, "Dilma não é muito da política partidária, é mais centrada em atividades do executivo".

Fernando Rodrigues

Divulgação

Valdo Cruz fala sobre o perfil dos ministros escolhidos por Dilma. Ela já começou mostrando que buscará imprimir sua marca no comando do governo. Ao montar sua equipe ministerial, fez suas concessões, mas bancou muito mais seus desejos e projeto do que de seus aliados".

Segundo o colunista, Antônio Palocci, da Casa Civil, será o principal ministro deste início de mandato. "Ele sabe como circular e negociar com o Congresso."

Valdo Cruz

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