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Boato sobre saques faz comércio fechar as portas em Teresópolis (RJ)
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DO RIO
Atualizado às 11h34.
Várias lojas no centro de Teresópolis, região serrana do Rio da Janeiro, fecharam as portas nesta manhã após uma onda de boatos sobre saques, relata Ítalo Nogueira, repórter da Folha enviado à cidade.
Um grupo de cinco jovens tentou furtar aparelhos celulares de uma loja da Claro, segundo a Polícia Militar. Testemunhas afirmam que os suspeitos estavam armados e que gritavam pelas ruas que se tratava de um arrastão.
"O comandante do 30º Batalhão agora tenta convencer os comerciantes a abrirem as lojas", relata o jornalista.
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Ao todo, a região serrana do Rio já registrou 510 mortes devidos às chuvas desta semana. As cidade que registraram os óbitos são Nova Friburgo (225), Teresópolis (223), Petrópolis (41), Sumidouro (17) e São José do Vale do Rio Preto (4).
O número de mortes ultrapassou as que foram registradas no município de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, em março de 1967. Na ocasião, foram contabilizadas 436 mortes em decorrência de fortes tempestades e deslizamentos de terra --condições semelhantes às das cidades no Rio nesta semana.
De acordo com a professora Luci Hidalgo Nunes, doutora do Departamento de Geografia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), os dados sobre o episódio são estimados por conta das dificuldades, à época, para localizar os corpos.
Mesmo assim, segundo a professora, é possível afirmar que o desastre no Rio é a maior do Brasil.
Como a Folha mostrou hoje, mais de 30 projetos com medidas para minimizar os efeitos das enchentes estão parados no Congresso. As propostas vão de benefícios fiscais para quem doa recursos às vítimas das chuvas até informações solicitadas ao governo federal em tragédias passadas que nunca chegaram ao Legislativo.
VISITAS
Ontem (13), a presidente Dilma Rousseff sobrevoou nesta quinta-feira as áreas afetadas e afirmou que momento vivido pelos moradores da região serrana é "dramático" e que as cenas que presenciou são "muito fortes".
O governador Sérgio Cabral (PMDB) voltou a culpar as prefeituras das cidades da região serrana pelo incentivo à moradia em áreas de risco. "Lamentavelmente, o que nós tivemos em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, da década de 1980 pra cá, foi um problema muito semelhante com o que ocorreu na cidade do Rio, que é a desgraça do populismo. Deixar a ocupação pelos mais pobres das áreas de risco", disse.
Cabral disse que, apesar de haver mortos que estavam em casas de alto padrão, a maior parte das vítimas são "pessoas humildes".
Marlene Bergamo/Folhapress | ||
Voluntários retiram terra de local onde casa está soterrada em Friburgo; mais de 500 morreram na região serrana |
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