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27/01/2011 - 19h32

Sarney diz que reeleição no Senado é um "grande sacrifício" pelo PMDB

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ANDRÉ FELIPE
ENVIADO A BRASÍLIA

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou na tarde desta quinta-feira que a decisão de tentar a reeleição não veio dele, mas do partido. Segundo o senador, ele nunca apresentou candidatura alguma.

"Não desejava ser presidente do Senado. Estou fazendo com grande sacrifício, mas apenas porque busquei que encontrassem outra solução e, em face do partido não ter encontrado, comuniquei ontem que ele podia e tinha concordância para submeter meu nome à bancada."

A eventual reeleição daria ao peemedebista sua quarta rodada na presidência do Senado.

"É uma convocação. Nunca fui presidente do Senado senão por convocação. Nunca por vontade própria", diz.

O senador está em seu quinto mandato parlamentar. Em 1971, assumiu uma vaga na Casa, de onde saiu em 1985 para ser presidente de República. Posteriormente, voltou ao Senado eleito e reeleito pelo PMDB do Amapá.

Em um balanço sobre a legislatura que se encerra, Sarney disse que houve "luta pela sobrevivência".

"A legislatura passada foi marcada pelo ano da eleição e tínhamos dois terços do Senado. Portanto, o viés de todo debate era político e havia luta pela sobrevivência. Havia eleição presidencial e, portanto, era um momento em que a paixão sobrepunha-se à razão."

Segundo ele, a partir de agora é possível buscar uma "agenda muito mais positiva".

José Sarney

CRISE

Abalado pelo caso dos atos secretos, Sarney provocou uma crise institucional no PT em 2009.

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) chegou a afirmar que se afastaria da liderança da bancada petista no Senado em caráter "irrevogável" depois que seu partido decidiu apoiar o arquivamento de denúncias contra Sarney no Conselho de Ética. Ele defendia a reabertura de pelo menos um processo contra o peemedebista, que trata da nomeação do namorado de uma neta feita por meio de ato secreto.

Mercadante acabou recuando da decisão a pedido do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para estancar a crise, governistas costuraram acordo para livrar o presidente do Senado.

 

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