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Cantanhêde: No caso de Palocci, vão-se os dedos, ficam os anéis
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DE BRASÍLIA
Em entrevista à Folha e ao Jornal Nacional (Globo) nesta sexta-feira (3), o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, insistiu em dizer que sua empresa é legal e que ele declarou todos os seus ganhos à Receita Federal. Mas isto não é o suficiente 'salvar sua cabeça', diz a colunista Eliane Cantenhêde.
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Reportagem da Folha do dia 15 de maio revelou que o patrimônio de Palocci cresceu 20 vezes nos últimos quatro anos, depois que o ministro fundou a empresa de consultoria Projeto. No período, Palocci comprou um apartamento de R$ 6,6 milhões e um escritório de R$ 882 mil.
Segundo Cantanhêde, o que se esperava tanto tempo depois é que o ministro dissesse quem eram os seus clientes e o que ele de fato fazia. Apesar de suas declarações, há muitas perguntas sem respostas, diz a colunista.
"O PT já tinha jogado Palocci ao mar, dizendo que ele era um problema do governo. Depois, Dilma o jogou aos tubarões, dizendo que ele era um problema pessoal. Palocci está só. É hora de voltar para casa e para a sua empresa milionária. No seu caso, aquele velho ditado é o contrário: vão-se os dedos, ficam os anéis", comenta Cantanhêde.
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