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André Barcinski: 'Contágio' aborda calamidade pública sem exageros
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DE SÃO PAULO
Uma das estreias no cinema na semana, o filme "Contágio" retrata uma situação de calamidade pública sem cair em clichês do gênero de terror ou ficção científica, diz André Barcinski, blogueiro e crítico da Folha.
No longa dirigido por Steven Soderbergh, a epidemia de um vírus letal e transmissível pelo ar se espalha rapidamente. Médicos correm para achar a cura, e pessoas comuns lutam para sobreviver.
Para Barcinski, o diretor não exagera no drama, optando por uma narrativa simples e sem efeitos dramáticos. Também não há gestos heroicos e corridas contra o relógio.
Do ponto de vista técnico, o filme é bem produzido, diz o crítico. Destaque para a fotografia --também de Soderbergh, sob o pseudônimo de Peter Andrews--, que tem um melancólico tom azulado, o que realça a frieza da narrativa.
Segundo Barcinski, o filme é uma analogia aos tempos de globalização. "Eu vejo como uma metáfora de uma época em que as pessoas estão cada vez mais próximas e, paradoxalmente, se compreendendo menos e odiando mais aquilo que elas não conhecem", comenta o crítico.
Veja trailer de "Contágio":
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