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Inspetores da UE começam supervisão das reformas da Itália
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DA EFE, EM ROMA
Os inspetores da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE) começaram nesta quarta-feira os trabalhos de supervisão das reformas econômicas da Itália, que seu primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, se comprometeu a realizar no dia 26 de outubro.
Em comunicado, o Ministério de Administrações Públicas afirmou que os supervisores da União Europeia (UE) receberam do titular da pasta, Renato Brunetta, documentos com os principais indicadores econômicos da Itália e os resultados obtidos pelo Executivo.
"O encontro aconteceu em um clima de absoluta colaboração", diz a nota. De acordo com o comunicado, Brunetta ofereceu detalhes aos enviados da UE sobre as reformas na administração pública que a Itália pretende realizar.
A imprensa italiana afirma que os inspetores também visitaram o Banco da Itália. A delegação é liderada pelo subdiretor-geral para Assuntos Econômicos e Financeiros, Servaas Deroose, representante da Comissão Europeia na missão de supervisão que passou pela Grécia.
Os inspetores pretendem colher informações sobre os planos e a execução das reformas econômicas do governo italiano, para depois elaborar um relatório que será levado ao Eurogrupo e apresentado para a imprensa.
A missão chega depois que o comissário europeu para Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, enviou uma carta ao ministro da Economia italiano, Giulio Tremonti, exigindo detalhes sobre os prazos e medidas que Berlusconi se comprometeu a cumprir.
"Estaremos agradecidos se puder nos oferecer, em inglês, todos os esclarecimentos e informações solicitadas no questionário adjunto e esta carta antes de 11 de novembro de 2011", pede Rehn a Tremonti na carta publicada nesta quarta-feira pela imprensa italiana.
Na mensagem, a Comissão Europeia também exige todos os detalhes sobre a emenda aos orçamentos de 2012, na qual são incluídas algumas das reformas prometidas.
SITUAÇÃO 'PREOCUPANTE'
Em entrevista coletiva na terça-feira, Rehn disse que a situação econômica e financeira da Itália é "muito preocupante" e que a Comissão Europeia pretende ajudar o país com uma "supervisão rigorosa".
A missão da União Europeia, que é independente da supervisão do Fundo Monetário Internacional, preparará o tipo de medidas fiscais e estruturais que são necessárias para cumprir com os compromissos europeus e garantir a estabilidade fiscal e econômica.
Na terça-feira, após perder a maioria absoluta na Câmara, Berlusconi se comprometeu a renunciar assim que o Parlamento da Itália aprovar os orçamentos de 2012, algo que pode acontecer antes do fim do mês.
O anúncio de Berlusconi não conseguiu oferecer certeza ao mercado secundário de dívida, onde o rendimento dos bônus italianos a dez anos superou a barreira de 7% que obrigou a Irlanda, Grécia e Portugal a pedir o resgate econômico.
O prêmio de risco da Itália, medido pela diferença entre o bônus italiano a dez anos e o alemão do mesmo prazo, voltou a marcar novos recordes nesta quarta-feira desde a criação do euro, situando-se acima dos 546 pontos básicos.
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