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Após "golpe de Estado", Argentina retira embaixador do Paraguai
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DA FRANCE PRESSE, EM BUENOS AIRES
DE SÃO PAULO
Atualizado às 21h11.
Após a destituição do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, o governo argentino decidiu retirar seu embaixador do país "pela ruptura da ordem democrática".
O anúncio foi feito neste sábado pelo Ministério das Relações Exteriores.
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"Diante dos graves acontecimentos institucionais ocorridos na República do Paraguai, que culminaram na destituição do presidente constitucional Fernando Lugo e na ruptura da ordem democrática, o governo argentino retira imediatamente seu embaixador de Assunção", diz comunicado emitido pelo ministério.
O embaixador argentino no Paraguai, que deve retornar ao seu país, é o diplomata Rafael Romá.
Antonio Lacerda - 20.jun.2012/Efe | ||
A presidente de Argentina, Cristina Kirchner, durante a Rio+20 |
O governo argentino disse que a representação diplomática "ficará a cargo de um encarregado pelos negócios até que seja restabelecida a ordem democrática" no Paraguai.
O jornal paraguaio ABC Color conseguiu falar com o encarregado pelos negócios argentino em Assunção Luis Niscóvolos, mas o funcionário da embaixada disse não ter autorização para dar declarações à imprensa.
Lugo foi destituído do poder nesta sexta-feira em apenas 30 horas. Ele foi condenado pela Câmara dos Deputados por "mal desempenho de suas funções".
Em seu lugar, assumiu o vice-presidente, Federico Franco.
"GOLPE DE ESTADO"
No mesmo dia, a presidente argentina Cristina Kirchner qualificou a destituição de Lugo de "golpe de Estado". Ela considerou o impeachment "inaceitável" e disse que Argentina "não reconhece" o novo governo paraguaio.
"É um ataque definitivo às instituições", disse Cristina, na Casa Rosada. Para ela, o impeachment "reedita situações que acreditávamos que tinham sido absolutamente superadas na América do Sul".
EMBAIXADOR DO PARAGUAI
O embaixador paraguaino na Argentina, Gabriel Enciso López, se juntou na noite desta sexta-feira a integrantes da comunidade paraguaia que se concentraram no Obelisco, em Buenos Aires, para repudiar a destituição de Lugo.
"Não vou continuar como embaixador", disse López ao canal de notícias 26. Para ele, houve um "golpe institucional" em seu país.
SANÇÃO CONJUNTA
Legisladores argentinos analisam convocar uma sessão especial para repudiar o ocorrido no país vizinho.
Em comunicado, um grupo de deputados portenhos disse que a destituição de Lugo é "um claro retrocesso no cumprimento efetivo das cláusulas democráticas que regem o Mercosul e a Unasul".
O social democrata Mario Negri, vice-presidente da Câmara de Deputados e opositor de Cristina, pediu ao governo que "promova uma sanção conjunta no Mercosul e na Unasul".
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