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25/06/2012 - 18h24

Equador confirma reunião da Unasul sobre Paraguai na sexta

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo do Equador confirmou nesta segunda-feira que será marcado para sexta-feira (29), em Mendoza, na Argentina, o encontro de chefes de Estado da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) sobre a crise política no Paraguai, uma semana após a destituição do presidente Fernando Lugo pelo Senado do país.

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O encontro era previsto para a próxima quarta (27) em Lima, no Peru, mas a Chancelaria equatoriana afirmou que foi desmarcado devido à ausência de pelo menos cinco presidentes. A reunião coincidirá com a cúpula de chefes de Estado do Mercosul, que era prevista para sexta na cidade do oeste argentino.

A intenção é aprovar uma condenação ao processo de impeachment de Fernando Lugo, que foi considerado pela maioria dos presidentes muito rápido e não deu tempo suficiente para a defesa do presidente deposto. Na reunião, será passada a presidência pro tempore da Unasul ao Peru.

Mais cedo, a OEA (Organização dos Estados Americanos) antecipou para terça (26) uma reunião extraordinária para estudar eventuais medidas diante dos acontecimentos no Paraguai.

Em comunicado, a organização indicou que o encontro de embaixadores será realizado no mesmo horário do anterior, às 14h30 locais (15h30 em Brasília), na sede da organização, em Washington, sem especificar o motivo da mudança.

"Em sua sessão de amanhã, a OEA irá discutir a situação do Paraguai, e, se necessário, tomar as decisões com que o Conselho Permanente concordar", informa o documento.

VIDEOCONFERÊNCIA

Nesta segunda, os presidentes de Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, Brasil, Dilma Rousseff, e Uruguai, José Mujica, fizeram uma videoconferência em que conversaram com o premiê chinês, Wen Jiabao, e um possível acordo com o Mercosul.

No entanto, entre as imagens reveladas durante a transmissão ao vivo, não houve nenhum pronunciamento sobre a crise paraguaia. O vídeo ficou paralisado por cerca de 20 minutos, entre os momentos de ajustes e a discussão sobre a parceira com a China.

O Mercosul suspendeu a participação do Paraguai no bloco, enquanto os outros três membros plenos deram posicionamentos díspares. A Argentina condenou a ação e pediu que o embaixador em Assunção voltasse ao país em protesto. Brasília e Montevidéu chamaram os representantes diplomáticos para consultas.

ENTENDA

O ex-bispo foi destituído do poder na sexta-feira passada em um processo parlamentar por "mau desempenho de suas funções".

A rapidez do julgamento político --cerca de 30 horas entre a abertura do processo e a destituição-- mereceu críticas dos países vizinhos, que encetam esforços para isolar politicamente o Paraguai.

Países da região, como Argentina, Equador, Venezuela, Chile e Bolívia chamaram seus embaixadores de volta e se recusam a reconhecer o governo interino de Federico Franco.

Jorge Adorno/Reuters
Apoiadores de Fernando Lugo protestam contra destituição, na capital Assunção
Apoiadores de Fernando Lugo protestam contra destituição, na capital Assunção

O Brasil, junto com outros países da América do Sul, já decidiram pela suspensão do país, um dos pobres do continente, da Unasul e do Mercosul.

Movimentos sociais também começaram a organizar as primeiras manifestações contra a queda de Lugo, enquanto o novo governo dá os primeiros passos para reestabelecer o Executivo e refazer "as pontes" com os vizinhos.

Franco diz que a transição foi feita dentro dos marcos constitucionais do país e, ontem, fez um apelo para que as nações vizinhas não castiguem "6,2 milhões de pessoas" (a população estimada do Paraguai).

Os Estados Unidos têm mantido uma posição mais cautelosa do que os outros países do continente. Vários retiraram seus embaixadores do Paraguai e resistem em reconhecer o governo de Federico Franco, que assumiu na sexta-feira após o impeachment de Lugo.

 

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