Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/08/2012 - 09h40

Atentado que matou 77 na Noruega poderia ser evitado, diz comissão

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Uma comissão independente criada na Noruega para investigar o duplo ataque que deixou 77 mortos na Noruega em julho informou nesta segunda-feira que a ação poderia ter sido evitada. O relatório final do grupo ainda revela que o autor dos atentados, Anders Behring Breivik, seria preso antes da ação.

De acordo com a comissão, os dois ataques --uma explosão em prédios do governo em Oslo e um tiroteio em um Congresso na ilha de Utoeya-- seriam evitados se fossem aplicadas as medidas de segurança existentes e se a polícia atuasse mais rápido.

"Uma intervenção da polícia era verdadeiramente possível. O autor dos atentados poderia ter sido detido antes", acrescenta o relatório.

Para o grupo, a polícia falhou no objetivo de proteger as pessoas atacadas, especialmente em Utoeya, onde acontecia um congresso do Partido Social Democrata, que governa o país. O informe ainda pede medidas preventivas para evitar esse tipo de ataque, assim como evitar os efeitos adversos da ação de julho de 2011.

Apesar das críticas, destacou como positiva a comunicação do governo com os cidadãos após as ações e a volta rápida ao trabalho do governo mesmo com os prédios destruídos e a comoção criada pelo atentado terrorista com maior número de mortes da história norueguesa.

OPINIÃO PÚBLICA

A comissão foi criada em agosto de 2011 por pressão da opinião pública para analisar as suspeitas de falhas ocorridas pela polícia. O objetivo do grupo era elaborar uma avaliação independente do trabalho policial, além de recomendar prevenção contra ameaças futuras. O trabalho final foi entregue ao premiê, Jens Stoltenberg.

No dia 22 de julho de 2011, Anders Breivik, militante de extrema direita, explodiu uma bomba na região onde ficam os prédios do governo na capital Oslo, deixando as instalações destruídas e provocando a morte de oito pessoas.

Posteriormente, vestido de policial, disparou por mais de uma hora contra milhares de militantes da Juventude Social Democrata, que se reuniam em um congresso de verão na ilha de Utoeya, a 50 km de Oslo, deixando um saldo de 69 mortos, quase todos adolescentes.

A polícia norueguesa foi muito criticada por sua suposta lentidão, já que se passaram três horas entre o atentado de Oslo e a prisão de Breivik na ilha de Utoya, quando seu nome já era conhecido pelos serviços de segurança.

O massacre de Utoya durou uma hora e quinze minutos. A polícia teve dificuldades para encontrar a maneira de chegar a esta pequena ilha situada em meio a um lago, a 600 metros da costa.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página