Publicidade
Publicidade
Equador diz que não irá tolerar violação à sua soberania
Publicidade
DA REUTERS, EM QUITO
O presidente equatoriano, Rafael Corrêa, afirmou neste sábado que as tensões do país com o Reino Unido sobre o asilo ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, são uma ameaça para a América Latina e que qualquer violação à soberania do Equador deve ser pensada duas vezes.
Inflamado pelo o que considera uma ameaça de Londres de invadir a embaixada equatoriana onde Assange está refugiado, o governo de Corrêa acusou a Inglaterra de agressão "colonial" e formalmente concedeu asilo ao australiano.
Assange não poderá fazer declarações políticas, diz Equador
Brasil apoiará inviolabilidade da embaixada do Equador na Unasul
A Inglaterra afirma que não vai permitir que o fundador do site que vazou informações de vários governos ao público viaje para a América do Sul porque está obrigada a extraditá-lo para a Suécia, onde Assange sofre acusações de crimes sexuais.
GOVERNO SOBERANO
"Com quem eles pensam que estão lidando? Eles não podem ver que este é um governo digno e soberano que não se ajoelha perante ninguém?", disse Corrêa em discurso semanal, neste sábado.
"Que mentalidade, não? Eles não perceberam que a América Latina é livre e soberana e que não vamos tolerar interferências, colonialismo de qualquer tipo, pelo menos neste país, que é pequeno, mas que tem um grande coração."
O discurso de Corrêa aconteceu enquanto o Equador sedia uma reunião neste final de semana de ministros de Relações Exteriores do grupo Alba (Aliança Bolivariana Para Os Povos Da Nossa América) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
A Alba, que inclui os governos da Venezuela e de Cuba, emitiu um forte comunicado em Caracas nesta semana. "Alertamos o Reino Unido... sobre as graves consequências que o cumprimento de suas ameaças terá sobre as relações com nossos países."
APOIO
O apoio à posição do Equador parece estar crescendo na região. "A Inglaterra está errada. A ameaça não é apenas contra o Equador, é uma ameaça contra a Bolívia, contra a América do Sul, contra toda a América Latina", disse o presidente boliviano, Evo Morales, na sexta-feira.
A mídia estatal equatoriana afirmou que outras nações, incluindo a Colômbia e Argentina, apoiam a posição de Corrêa.
Na sexta-feira, representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) convocaram uma reunião de ministros de Relações Exteriores para a próxima semana sobre a situação de Assange. Canadá e Estados Unidos votaram contra a reunião.
"A questão central não é o direito ao asilo, é a inviolabilidade das embaixadas", disse o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, após a votação.
O governo equatoriano compartilha do temor de Assange de que ele poderá acabar sendo extraditado para os Estados Unidos. O WikiLeaks foi o responsável pelo vazamento de centenas de milhares de telegramas diplomáticos e militares secretos norte-americanos.
+Pelo mundo
+ Canais
- Conheça a página da Folha Mundo no Facebook
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice