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04/12/2012 - 04h20

Crise eleva número de pessoas ameaçadas pela pobreza na Europa

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BERNARDO MELLO FRANCO
DE LONDRES

A crise econômica elevou para 24,2% o percentual de pessoas em "risco de pobreza" na União Europeia até o fim de 2011, informou relatório divulgado ontem pela Eurostat, a agência oficial de estatísticas do bloco.

O índice é quase um ponto percentual maior que o registrado no ano anterior (23,4%) e está ligado ao aumento do desemprego por causa da crise econômica. O número de europeus nessa situação, de acordo com os critérios da UE, saltou para 119,6 milhões.

A lista de países com maior parcela de pessoas nessa condição é liderada pelos dois membros que estão há menos tempo no bloco: Bulgária (49,1%) e Romênia (40,3%).

Na Grécia, um dos países mais atingidos pela crise econômica da zona do euro, o percentual saltou de 27,7% para 31,1%, no período de apenas um ano. A cifra também avançou na Espanha --de 25,5% para 27%.

O relatório mostra que estes dois países registraram no ano passado os seus piores resultados desde o início da série histórica, que teve início em 2005.

MELHORES RESULTADOS

Nas economias mais fortes, não houve mudanças significativas em relação a 2010. O percentual de pessoas sob risco ficou praticamente estável na Alemanha (19,9%), França (19,3%) e Reino Unido (22,7%).

Os melhores resultados foram apresentados por países nórdicos: Islândia (13,7% de pobres) e Noruega (14,6%). Curiosamente, ambos estão fora do bloco.

A União Europeia usa critérios mais amplos que os brasileiros para classificar uma família como estando em risco de pobreza. O principal é o fato de a renda domiciliar não atingir 60% da média em seu país.

Também são assim classificadas famílias cujos adultos tenham ficado desempregados mais de 80% do ano ou que não tenham acesso a ao menos quatro itens numa lista que inclui carro, máquina de lavar e economias para tirar uma semana de férias fora de casa.

No Brasil, segundo o IBGE, 8,5% da população vive na extrema pobreza.

GRÉCIA

Ontem a Grécia anunciou um plano de € 10 bilhões para recomprar títulos e tentar reduzir o volume da sua dívida pública, que chegou a 187% do PIB em 2011.

O país quer evitar o risco de moratória e liberar a segunda parte do resgate financeiro de € 130 bilhões negociado com a União Europeia e o FMI.

 

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