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Reino Unido deve manter medidas de austeridade até 2018
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DA AFP, EM LONDRES
O Reino Unido ampliou as medidas de austeridade e revisou para baixo as previsões de crescimento para os próximos anos. O ministro britânico das Finanças, George Osborne, afirmou que o anúncio foi motivado por problemas econômicos "profundamente arraigados". "O Reino Unido está em um bom caminho e retroceder agora seria um desastre", disse, em tradicional discurso ao Parlamento.
Desde que o conservador David Cameron chegou ao poder, em maio de 2010, com a promessa de reduzir o enorme deficit antes do fim do mandato, em 2015, Osborne instaurou um severo e impopular programa de austeridade, que obrigou os britânicos a apertarem o cinto.
E a austeridade, que já havia sido prorrogada por dois anos, em 2011, durará agora ainda um ano mais, até o biênio 2017/2018, o que poderá aumentar ainda mais o mal-estar dos britânicos pelos cortes.
Reuters | ||
O ministro britânico das Finanças, George Osborne, anuncia medidas de austeridade no Parlamento britânico |
Osborne afirmou aos legisladores que os novos cortes aconteceriam "equitativamente, com mais economias nos gastos públicos. "Sabemos que não há curas milagrosas, apenas o duro trabalho de cuidarmos de nosso deficit", disse o ministro.
O governo não cumprirá com a meta de reduzir a proporção entre a dívida e o PIB (Produto Interno Bruto) a partir de 2015/2016. Será preciso um ano mais para que o número baixe de 79,9% a 79,2%. "Resumindo, as condições econômicas mais severas significam que, enquanto se prevê que o deficit seguirá caindo, a dívida deverá levar quatro anos para começar a cair, contra três previstos anteriormente", afirmou.
Nesse contexto, o ministro anunciou uma revisão para baixo das previsões de crescimento para os próximos seis anos, começando por 2012, quando se espera uma contração da economia de 0,1%. A última previsão, feita em março, previa crescimento de 0,8%. Os novos números preveem crescimento progressivo até chegar a 2,7%, em 2017.
Osborne acredita, no entanto, que a economia britânica está se "recuperando mais rapidamente do que as de seus vizinhos". Entre as medidas concretas anunciadas por Osborne, figuram cortes nos orçamentos da maioria dos ministérios, a imposição de limites ao aumento de alguns subsídios abaixo da inflação, novas medidas para lutar contra a evasão fiscal que servirão para financiar infraestruturas, especialmente rodovias e escolas.
Para o porta-voz de assuntos econômicos do partido, Ed Balls, a declaração de Osborne revela "a verdadeira escala do fracasso deste governo". "Enquanto as famílias de classe média e baixa e os aposentados pagam o preço, os milionários recebem reduções de impostos."
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